O consórcio Caravela Startup, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Câmara de Loulé celebraram, no dia 16 de Dezembro, um acordo de colaboração que visa dinamizar o Ninho de Empresas de Loulé (CACE), passando, a partir de agora, a ter a designação de Centro de Incubação e Aceleramento Empresarial de Loulé – Algarve.
Apesar de se ter mantido em funcionamento ao longo dos anos, com uma ocupação de 88% (10 empresas), o “desinvestimento” no centro empresarial levou a que estas entidades se juntassem para dar uma nova vida ao espaço. “Pretende-se criar aqui um pólo que fomente o aparecimento de novas empresas na região, potenciando o desenvolvimento socio-económico no Algarve, reduzindo o desemprego e diversificando e modernizando a actividade produtiva e empresarial”, explica a autarquia louletana.
O IEFP continuará a assumir os custos com esta estrutura, nomeadamente em termos de funcionamento e segurança, bem como a ter responsabilidades no que diz respeito à apreciação e aprovação de candidaturas aos seus programas que envolvam beneficiários do Centro para o apoio a iniciativas de emprego, formação e desenvolvimento.
Já o Consórcio Caravela Startup Algarve, constituído pelo Círculo Teixeira Gomes – Associação pelo Algarve, pela REGIOTIC, Associação Empresarial para as Tecnologias de Informação, Comunicação e Desenvolvimento do Algarve e Associação IBN QASI, ficará responsável pela gestão, promoção e desenvolvimento deste Centro de Incubação e Aceleramento Empresarial, constituindo a equipa técnica e assegurando em permanência a capacidade de atendimento e aconselhamento no Centro.
Por outro lado, entre outras, o consórcio irá manter as funções de incubação empresarial e formação profissional essenciais actualmente asseguradas no Ninho de Empresas, ampliando-as com as acções de pré-incubação e apoio à criação de empresas, incubação virtual, aconselhamento empresarial, promoção de áreas ‘coworking’, áreas de formação empresarial, organização de eventos e seminários, aconselhamento, incentivos e fundos para o investimento e marketing, em todos os sectores de actividade e sectores económicos.
Por seu turno, o município de Loulé, que fará parte da Comissão de Acompanhamento do Centro de Incubação e Aceleramento Empresarial de Loulé – Algarve, dará o apoio promocional, integrando nas suas acções de promoção económica e de oportunidades de negócio do concelho, as empresas alvo de incubação, iniciativas do Centro que atempadamente lhe sejam dadas a conhecer e adequadas aos certames, mostras ou conferências, assegurando suportes promocionais em eventos que, neste contexto, organize, ou nos quais participe.
A autarquia ficará também responsável por envolver o Centro e as empresas ali instaladas nas suas acções para potenciar o sucesso e o desenvolvimento económico, o emprego e a cultura de solidariedade.
O presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, manifestou o seu entusiasmo por este “acordo tripartido”, já que o mesmo “vai ao encontro da política municipal que assenta na diversificação da base económica local e regional, actualmente muito dependente do turismo”, diz.
O autarca relembrou a importância no contexto regional da Área Empresarial de Loulé, onde está sediado um alargado número de empresas, o seu elevado nível de infra-estruturação e de equipamentos e serviços complementares e a sua localização privilegiada, factores que lhe conferem “uma destacada posição numa estratégia local de transformação do próprio modelo económico regional”.
Em representação do Consórcio Caravela Startup, Paulo Bernardo sublinhou que o que se pretende com este Centro de Incubação é que este não seja uma mera infra-estrutura física mas “um espaço aglutinador para o desenvolvimento do Algarve”. “O Algarve é uma das melhores regiões do mundo para passar férias mas tem que ser promovida como uma das melhores regiões para se criar novos negócios ou para a relocalização de empresas. Temos excelentes condições para ter muito mais empresas, para atrair investimento, criação de emprego e melhores condições de vida para quem cá quiser viver”, considerou o empresário
Já o Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, que presidiu ao protocolo, referiu o CACE de Loulé como um “caso de sucesso” no contexto nacional pela taxa de ocupação do mesmo, contrariamente a outros exemplos no país.