O cancro colorretal, uma das doenças oncológicas mais frequentes do sistema digestivo, assume-se como uma das principais causas de morte por cancro a nível global. Contudo, o diagnóstico precoce pode fazer a diferença no sucesso do tratamento, permitindo, em muitos casos, uma abordagem mais eficaz e menos invasiva. Estar atento aos primeiros sinais é, por isso, essencial.
A oncologista Marcela Crosara alerta que, sem tratamento adequado, esta patologia pode evoluir rapidamente, bloqueando o intestino e levando, em meses, a consequências fatais. “É por isso que chamo sempre à atenção para o exame de colonoscopia”, explica Crosara, referindo-se a este exame que possibilita a observação detalhada do cólon e do reto, através da introdução de um tubo pelo ânus. A colonoscopia é, assim, um dos exames mais recomendados para a deteção de lesões precoces e de pólipos, que podem evoluir para cancro.
Segundo o oncologista Nilson Correia, os primeiros sintomas do cancro colorretal tendem a ser inespecíficos, o que pode dificultar um diagnóstico rápido. “Quando o tumor produz vários sintomas associados, muitas vezes já está numa fase mais avançada”, refere Correia, citado pelo Notícias ao Minuto, destacando a importância da atenção aos sinais iniciais, que, mesmo subtis, não devem ser ignorados.
Entre os sintomas que podem indicar a presença de um tumor colorretal estão episódios de diarreia ou prisão de ventre persistentes, sangue nas fezes, cólicas frequentes, dor ao evacuar e a sensação de que o intestino não ficou totalmente vazio após a evacuação. Além disso, outros sintomas como a perda de apetite, cansaço excessivo, alterações na consistência ou forma das fezes e vómitos frequentes podem ser indícios desta patologia.
No entanto, é importante sublinhar que o aparecimento de um ou mais destes sintomas não significa necessariamente que a pessoa sofre de cancro colorretal. Ainda assim, em caso de suspeita, é essencial procurar orientação médica junto de um gastrenterologista, cirurgião geral ou, em alternativa, um oncologista.
O cancro colorretal, apesar de grave, é frequentemente tratável quando diagnosticado precocemente. A prevenção e a deteção precoce são, assim, os principais aliados, e as rotinas de rastreio, como a colonoscopia, assumem-se como um recurso fundamental na luta contra esta doença que continua a afetar milhares de pessoas em todo o mundo.
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