O PAPE – Projecto de Apoio Psicológico Escolar, que prevê a criação de um serviço de intervenção psicológica e psicopedagógica dirigida especificamente ao sistema educativo do concelho – alunos, professores e funcionários, está em fase de implementação pela Câmara de Loulé.
“Este serviço tem duas vertentes de acção distintas: por um lado, destina-se aos alunos, constituindo-se como reforço e tentando complementar a rede de psicólogos colocados pelo Ministério da Educação e pelas escolas e que é insuficiente face às necessidades; e, numa outra componente, é dirigida especificamente ao apoio e acompanhamento dos docentes, por constituírem uma classe profissional de alto desgaste, bem como aos funcionários das escolas”, refere a autarquia em nota de imprensa.
No que diz respeito às crianças e jovens, com este apoio pretende-se fazer o acompanhamento de problemas e/ou dificuldades que, se forem acompanhados atempadamente, poderão evitar consequências graves para o desenvolvimento destes alunos.
O projecto conta com a criação de uma equipa de técnicos, em particular psicólogos dos quadros da autarquia que, em articulação com as escolas e os serviços já existentes, fará uma intervenção ao nível da psicologia clínica, psicopedagógica, educacional e outras que se verifiquem necessárias, dirigida aos alunos do concelho. A intervenção será efetuada na sede de cada um dos agrupamentos escolares.
Já em relação aos professores e funcionários, dado o desgaste emocional e físico a que estão sujeitos, para além da instabilidade da profissão de docente, pretende-se criar mecanismos de apoio, protecção e orientação aos quais recorram quando necessário.
Neste caso, será criado um ou mais gabinetes de atendimento psicológico, fora do espaço da escola, disponibilizando apoio gratuito aos professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino que necessitem e queiram.
Para os responsáveis municipais, com este projecto “pretende-se contribuir para o bem-estar físico e emocional de alunos, professores e funcionários, proporcionando condições facilitadoras de aprendizagem e de docência, ou seja, que o espaço escolar se torne mais incluso para crianças, jovens e docentes, com consequências positivas para todos”.