A Câmara de Faro vai suportar os custos com a entrega ao domicílio de refeições e bens alimentares no concelho, como forma de apoiar a economia local durante o período de confinamento decretado pelo Governo devido à pandemia de covid-19.
Em comunicado, a autarquia adianta que o serviço de entregas é acionado pelos comerciantes aderentes e não pelos clientes, sendo assegurado pela cooperativa de táxis – Rotáxi – aos estabelecimentos a funcionar no município de Faro e para entregas apenas no concelho.
“Não há qualquer transação de dinheiro entre a Rotáxi e os estabelecimentos aderentes ou os clientes cabendo ao município essa responsabilidade junto da cooperativa de táxis”, lê-se ainda na nota da Câmara de Faro.
A medida tinha inicialmente sido implementada no final de novembro de 2020, na altura do recolher obrigatório aos fins de semana a partir das 13:00 nos concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus.
Portugal continental entrou, às 00:00 de sexta-feira, num novo confinamento geral, devido ao agravamento da pandemia de covid-19, com os portugueses sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário, mas mantendo as escolas com o ensino presencial.
As novas medidas vão vigorar até às 23:59 de 30 de janeiro.
O dever geral de recolhimento domiciliário, em que “a regra é ficar em casa”, prevê deslocações autorizadas para comprar bens e serviços essenciais, desempenho de atividades profissionais, frequência de estabelecimentos escolares, prática de atividade física e desportiva ao ar livre, ou participação no âmbito da campanha eleitoral ou da eleição do Presidente da República.
Na segunda-feira, o Governo anunciou no final de um Conselho de Ministros extraordinário mais medidas relacionadas com o confinamento geral, nomeadamente a proibição da venda ou entrega ao postigo em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar e de “qualquer tipo de bebidas, incluindo cafés”, sendo esta proibição extensível aos estabelecimentos autorizados a praticar ‘take-away’.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.