A política faz-se verdadeiramente em prol de quem necessita quando na prática resolve as questões prementes e imediatas daqueles que são os seus destinatários últimos, os cidadãos.
Isso mesmo fez a Câmara de Castro Marim, liderada por Francisco Amaral, ao incluir no orçamento para 2016 a verba necessária à compra de um par de botas ortopédicas capaz de devolver a locomoção a um munícipe castro-marinense impossibilitado de andar por doença do foro ortopédico.
A informação foi hoje divulgada pela autarquia e dá conta que “José Laureano, natural de S. Bartolomeu (Castro Marim), esperava há quase quatro anos pelo desbloquear da burocracia entre o Ministério da Saúde e da Solidariedade Social e o Hospital de Faro, para conseguir voltar a andar sem recorrer à cadeira de rodas, à qual estava confinado nos últimos meses”.
Perante a inacção dos serviços da Administração Central do Estado, a Câmara de Castro-Marim fez o que muitas autarquias no Algarve se vêem obrigadas a fazer tantas vezes, substituiu o Estado naquelas que são as suas obrigações.
Para tanto Francisco Amaral fez incluir no orçamento de 2016 da autarquia a verba de mais de meio milhar de euros necessária à aquisição das botas ortopédicas capazes de devolverem a José Laureano a sua mobilidade.
A autarquia faz notar que “mediante a exasperante situação do munícipe, e indignada pelo impedimento da qualidade de vida do doente, a Câmara, no âmbito da sua política social activa, com verba reforçada no Orçamento Municipal de 2016, financiou o valor das botas ortopédicas”.
“A burocracia inviabiliza este país e são escassos os que se atrevem, em lugares de direito, a defender as necessidades de quem precisa. O país da ‘papelada’, uma herança dos tempos da monarquia que, infelizmente, permanece na administração pública até hoje, quebrando a confiança nas relações entre o governo e os cidadãos”, assegurou o presidente da autarquia de Castro Marim, Francisco Amaral, defendendo que “o acesso a cuidados de saúde não pode depender dos tempos de processos burocráticos que nunca, ou quase nunca, consideram a qualidade de vida dos doentes”.