O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa deixou em liberdade Paulo Baptista, alegado líder do negócio do tráfico de armas no Algarve, e outros três cúmplices detidos pela PSP na ‘Operação Scorpion’ esta sexta-feira.
“Apesar de terem sido apanhados com 8 armas de fogo e 757 munições, 4 armas brancas, 69 mil euros e alguma droga, ficaram sujeitos a apresentações periódicas num posto policial da área de residência. Outros dois detidos ficaram em prisão preventiva”, segundo avança o Correio da Manhã.
Paulo Baptista esteve já detido e fugido à Justiça. Foi um dos principais arguidos dos casos “Passerelle”, uma rede rede de casas de striptease suspeita de fraude fiscal, e do “Máfia da Noite”, onde os suspeitos foram acusados de extorquir dinheiro a proprietários de estabelecimentos de bares e discotecas em Lisboa em troca de serviços de segurança.
No processo “Máfia da Noite” foi condenado a seis anos e três meses de prisão efetiva, por dois crimes de extorsão, e no “Passerelle” esteve pronunciado por 186 crimes e foi condenado a um ano e nove meses.
Paulo Baptista era cúmplice de Alfredo Morais, ex-agente da PSP que liderava o negócio ilegal da noite lisboeta.
Em 2009, foi emitido um mandado de detenção internacional aos dois homens. Paulo Baptista acabou por se esconder em Ibiza, como chefe de segurança de uma discoteca, onde acabou por agredir fatalmente um colega. Depois do homicídio entregou-se às autoridades, tendo estado preso preventivamente em Espanha e depois em Portugal, cumprindo sete anos de prisão.
A operação da PSP “de grande envergadura”, designada Scorpion, teve como objetivo o “cumprimento de mais de cinco dezenas de mandados de detenção e mandados de busca (domiciliária e não domiciliária)”. Estiveram envolvidos na operação “cerca de 200 polícias”.