De modo a evitar as aglomerações à porta e dentro das suas lojas, os retalhistas estão a adotar estratégias que passam, entre outras, por promoções acima dos 50%, encomendas por telefone, recolha dos produtos à entrada da loja, no estacionamento do shopping ou até uma Black Friday totalmente digital.
Neste domínio do digital, crê-se que as vendas online possam aumentar na ordem dos 400%, níveis idênticos aos registados durante o período de confinamento obrigatório.
Compras antecipadas são a nota dominante na Black Friday 2020
Como se percebe, no caso das compras antecipadas, a grande aposta vai para o digital. Cadeias como a Fnac que quadruplicou a capacidade de suporte à operação de vendas online ou a Kicks que cingiu a Black Friday apenas à sua plataforma de e-commerce numa estratégia que visa proporcionar uma experiência de compra segura e confortável são alguns dos exemplos desta opção pelo canal online.
Já a Worten optou apenas por abdicar dos eventos noturnos que, nos últimos anos, concentraram multidões nas lojas da meia-noite às duas da manhã. No próximo dia 27 de novembro os descontos vão existir em loja, mas existirá um cumprimento apertado das regras de segurança em vigor. Em caso de necessidade, leiam-se aglomerados de clientes, cada uma das lojas do grupo acionará o seu plano de contingência.
Esta antecipação das compras na Black Friday chega, igualmente, ao Unibanco que acaba de lançar uma campanha dinamizada pelos apresentadores de TV Alice Alves e Rodrigo Gomes e que orbita em torno das vantagens da utilização do cartão Unibanco Atitude nas compras na Black Friday.
Antecipar as compras e receber de volta até 200 euros (durante os primeiros 12 meses) do que gastou, é o mote desta campanha que arrancou no dia 12 de novembro e se foca neste cartão de crédito contactless que permite ao seu utilizador começar a usufruir das vantagens promocionais da Black Friday imediatamente e, porque o melhor cartão de crédito é aquele que poupa a carteira, receber de volta uma parte do que gastou no mês seguinte.
Ninguém gosta de devolver compras, mas comprar e ainda nos devolverem dinheiro, é um gesto sempre apreciado que só se torna possível porque estamos a falar de um cartão de crédito com cashback (devolução em português). Na prática, isto significa que os consumidores podem receber entre os 20 euros mensais para um montante de compras ou adiantamento de numerário a crédito igual ou superior a 500 euros e os 5 euros mensais para um valor entre 100 e 299 euros em compras e adiantamentos.
Para além desta vantagem, os utilizadores deste cartão de crédito Unibanco são ainda brindados com a possibilidade de fracionar os seus pagamentos em 3x sem juros (acima dos 300€), acesso entre 20 a 50 dias de crédito sem juros, descontos em combustíveis e pontos que valem prémios.
Com o previsível crescimento das compras via online, este cartão de crédito sem anuidade adquire ainda uma importância adicional dado que a maior parte das lojas online só aceita este tipo de pagamento. Mundo digital que também entra em campo na altura de fazer o cartão de crédito, uma vez que com o processo de digitalização em curso no Unibanco permite pode aderir a este cartão de crédito online.
Prazo para trocas alargado
Sabendo-se de antemão que os meses de novembro e dezembro são os mais fortes em termos de vendas, a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) estão não só a incentivar os seus associados a promoverem a antecipação das compras da Black Friday e de Natal, como vai estender o prazo de trocas, pelo menos, até final de janeiro. Ou seja, para além dos 30 dias legais.
Por exemplo, as cerca de 8600 lojas dos centros da Associação Portuguesa de Centros Comerciais – que reúne shoppings como Colombo, NorteShopping, Alegro Shopping ou Fórum Almada – têm um dístico à porta, indicando aos consumidores que se fizerem compras até 15 de dezembro poderão trocar até final de janeiro.
Apesar da antecipação das compras e da extensão dos prazos de troca, quer a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), quer a Associação de Marcas de Restauração e Retalho (AMRR), estão a apelar ao Governo para que as restrições à lotação das lojas sejam revistas.
Neste momento, a ocupação máxima das lojas está limitada a 5 pessoas por 100 metros quadrados (m2), mas as duas associações pedem o aumento do rácio de ocupação dos espaços comerciais para oito pessoas por 100 m2 por o considerarem um imperativo para o bom funcionamento das lojas e para uma melhor circulação dos clientes.