As autoridades de Macau confirmaram ontem ao final da tarde (hora de Lisboa) a detecção do vírus da gripe H7N9 num lote de galinhas vivas no mercado abastecedor local, embora não haja sinais do vírus da gripe nos trabalhadores daquela infra-estrutura.
De acordo com o presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Alex Vong, o vírus foi detectado num lote de cerca de mil aves de capoeira oriundo de Zhuhai, cidade chinesa adjacente a Macau, mas que não chegou a sair para os mercados da Região Administrativa Especial, tendo sido, imediatamente, ordenado o abate e desinfecção das instalações como medida preventiva.
Na sequência da confirmação da presença do vírus, as autoridades ordenaram o extermínio de 7.500 aves que estavam no local, não tendo sido, até ao momento, detectados sintomas da gripe nos cerca de 30 trabalhadores que terão tido, de alguma forma, contacto com as aves.
O percurso do H7N9
De acordo com os dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América, os primeiros casos de infecção humana pelo H7N9 foram confirmados em Março de 2013, em território chinês, provavelmente resultantes do contacto com ambientes contaminados, nomeadamente aviários, uma vez que a transmissão se faz a partir de aves para o ser humano.
A infecção provoca de acordo com a mesma fonte graves problemas ao nível das doenças respiratórias, com cerca de um terço dos doentes a acabarem mortos por força da doença. Não foram detectadas transmissões entre humanos deste vírus, mas o CDC não exclui em absoluto essa possibilidade.
O primeiro caso de um humano infectado pelo H7N9 fora da China foi verificado na Malásia num turista oriundo de uma região da China afectada pela presença do vírus.
No relatório de Dezembro publicado pela Organização Mundial de Saúde tinham sido detectados 143 casos de infecção humana por H7N9, nenhum deles na Europa ou nos Estados Unidos da América.
(com Agência Lusa)