No seguimento do esforço de sensibilização que tem vindo a realizar junto da comunidade balnear sobre os cuidados a ter nas praias e zonas do Domínio Público Marítimo, a Autoridade Marítima reforça o alerta à população para os cuidados a ter com as águas-vivas e caravelas-portuguesas, indicando como proceder em caso de avistamento ou contacto com estes animais.
Também conhecidas como medusas ou alforrecas, as águas-vivas são animais gelatinosos que vivem no mar, na coluna de água ou à superfície, e que podem ter diferentes tamanhos, formas e cores. Têm tentáculos que podem libertar um líquido potencialmente urticante e perigoso, veneno que serve para paralisar pequenos animais, dos quais se alimentam, ou para funcionar como mecanismo de defesa.
O contacto com uma água-viva pode produzir irritação na pele e até queimaduras ou outras reacções graves e prejudiciais.
Tentáculos da caravela-portuguesa podem atingir os 30 metros
A caravela-portuguesa tem o nome científico de ‘Physalia physalis’ e vive na superfície do mar graças ao seu flutuador cilíndrico azul-arroxeado cheio de gás. Os tentáculos podem atingir 30 metros e o seu veneno é muito perigoso.
Quando o banhista avistar este tipo de animal deve afastar-se e evitar o contacto. Se sentir uma picada deve sair rapidamente da água e dirigir-se de imediato ao nadador-salvador.
Os sintomas da picada são a dor forte, a sensação de queimadura (calor/ardor) no local e ainda irritação, vermelhidão, inchaço e comichão. Algumas pessoas especialmente sensíveis às picadas e venenos podem ter reacções alérgicas graves como falta de ar, palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios. Nestes casos devem ser encaminhadas de imediato para o serviço de urgência.
Saiba como proceder em caso de contacto com águas-vivas
No caso de haver contacto com águas-vivas, deve ter em conta os seguintes conselhos para prestar os primeiros socorros:
- não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
- não usar água doce, álcool ou amónia;
- não colocar ligaduras;
- lavar com cuidado com a própria água do mar;
- retirar com cuidado os tentáculos da água-viva, caso tenham ficados agarrados à pele, utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico ou água do mar;
- se possível, aplique bicarbonato de sódio misturado em partes iguais com água do mar;
- aplicar frio (água do mar gelada ou bolsas de gelo) no local atingido para aliviar a dor (o gelo não pode ser aplicado directamente na pele, deve ser enrolado num pano);
- tomar um analgésico para aliviar a dor;
- aplicar uma camada fina de pomada própria para queimaduras.
Descubra o que fazer em caso de contacto com uma caravela-portuguesa
No caso de haver contacto com caravela-portuguesa, deve proceder da seguinte forma:
- não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
- não usar água doce, álcool ou amónia;
- não colocar ligaduras;
- lavar com cuidado com a própria água do mar;
- retirar com cuidado os tentáculos da água viva (caso tenham ficados agarrados à pele) utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico ou água do mar;
- aplicar vinagre no local atingido;
- aplicar bandas quentes ou água quente para aliviar a dor;
- consultar assistência médica o mais rapidamente possível.
(Autoridade Marítima)