O presidente do PSD inicia na quarta-feira uma ‘volta’ pelo país no âmbito da campanha para as autárquicas de 26 de setembro, que terá o ponto alto desta primeira semana no Fórum Nacional Autárquico, no sábado em Faro.
Em declarações à Lusa, o secretário-geral e coordenador autárquico do PSD, José Silvano, justificou que, “se no próximo mês a prioridade são as autárquicas”, Rui Rio irá desde já para o terreno num sinal de mobilização do partido, numa volta que passará pelos 18 distritos de Portugal Continental (não estão previstas deslocações nem à Madeira nem aos Açores).
Esta primeira fase de pré-campanha arrancará na quarta-feira no distrito do Porto (com ações previstas para Marco de Canaveses, Baião e Paços de Ferreira), na quinta-feira passará pelo distrito de Vila Real e na sexta-feira pelo de Viseu.
No sábado e no domingo, Rui Rio estará no Algarve, num fim de semana em que também decorrerá na mesma região o Congresso do PS, marcado para Portimão.
Será em Faro que se realizará, no sábado, o Fórum Nacional Autárquico do PSD, que juntará presencialmente mais de duas centenas de candidatos do partido (cerca de um terço da lotação permitida no local escolhido, um teatro) e os restantes assistirão por meios digitais.
No Fórum, estão previstas intervenções de cerca de uma dezena de candidatos, entre eles os cabeças de lista a Lisboa, Carlos Moedas, ao Porto, Vladimiro Feliz, a Setúbal, Fernando Negrão, à Amadora, Suzana Garcia, ou à Figueira da Foz, Pedro Machado, entre outros.
Caberá ao presidente do partido encerrar a iniciativa, mais perto da hora do jantar, e, no domingo, presidir à apresentação dos candidatos do partido no Algarve, uma sessão que decorrerá em Albufeira, previsivelmente já depois de terminado o conclave dos socialistas.
Na próxima semana – e apesar de não estarem previstas ações para todos os dias até à campanha oficial – a volta autárquica de Rio passará pelo Alentejo (dias 30 e 31) e pelo distrito de Lisboa no dia 01, com ações já confirmadas na Amadora e em Torres Vedras.
No fim de semana seguinte, o presidente do PSD juntar-se-á a uma iniciativa organizada pelas Mulheres Social-Democratas, na Batalha (distrito de Leiria), e na segunda semana de setembro irá passar por distritos como Aveiro, Braga, Coimbra e Leiria.
Já no período oficial de campanha – que arranca dia 14 de setembro -, o presidente do PSD tem previstas iniciativas nos distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Santarém, bem como nos concelhos de Sintra e de Setúbal.
A última semana de campanha está ainda por fechar, mas será nesse período que Rui Rio se deverá juntar aos candidatos às principais câmaras do país, como Lisboa e Porto.
Se nesta última semana o formato da campanha ainda não está definido, até lá não estão previstos os tradicionais jantares-comício com militantes, devido às restrições ainda impostas pela pandemia de covid-19.
“O objetivo é, nos concelhos por onde passarmos, integrarmos uma ação do próprio candidato”, explicou José Silvano, o que poderá passar por visitas a instituições ou almoços de trabalho com representantes locais.
A estrutura de campanha, adiantou, será “pequena”, com um carro de apoio e um carro-palco, de onde Rui Rio poderá fazer as intervenções ou prestar esclarecimentos à comunicação social.
De acordo com o coordenador autárquico, esta volta do líder privilegiará “médios e pequenos concelhos”, onde a direção do PSD considera que a presença de Rui Rio pode ter “mais influência no resultado final”, ressalvando que a última semana poderá ter algumas ações com um maior número de pessoas.
Por enquanto, e seguindo a lei em vigor pelo menos até 12 de setembro, o uso de máscara será obrigatório em todas as iniciativas.
Nas autárquicas de 26 de setembro, o PSD concorre sozinho a 153 municípios, integra 146 coligações (lidera 142 e as outras quatro são encabeçadas pelo CDS-PP), e em nove concelhos apoia listas de cidadãos independentes (a maioria nos Açores e na Madeira).
Em 2017, o PSD teve o seu pior resultado autárquico de sempre (e que levou à demissão do então presidente Pedro Passos Coelho): os sociais-democratas perderam oito câmaras em relação a 2013 e conquistaram 98 presidências (79 sozinhos e 19 em coligação), embora sem grandes variações em termos de votos e percentagens, tendo o partido somado, sozinho, 16,08% dos votos (em 2013 foram 16,70%).