A professora de educação especial e dirigente do Sindicato dos Professores da Zona Sul, Catarina Marques, vai encabeçar a lista da CDU à Câmara de Faro, anunciou hoje o PCP, partido que forma a coligação com o PEV.
Catarina Marques tem 44 anos, leciona no Agrupamento de Escolas Tomás Cabreira, em Faro, e o objetivo principal da sua candidatura passa por devolver à CDU representação naquela Câmara algarvia, que perdeu o único vereador que tinha nas últimas eleições autárquicas, em 2017, indicou o PCP.
“A CDU – Coligação Democrática Unitária – torna público que apresentará como primeira candidata à Câmara Municipal Faro, nas próximas eleições autárquicas, Catarina Alexandra Matos Marques”, anunciou o partido num comunicado.
A mesma fonte referiu que, além da sua atividade sindical, Catarina Marques representou a CDU na Assembleia Municipal de Faro e na Assembleia de Freguesia de Montenegro, “intervindo em defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações” nos “últimos oito anos”.
A candidata foi também “eleita no Conselho Pedagógico da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve como representante dos alunos do Curso de Educação de Infância”, foi “dirigente associativa no Clube Desportivo de Montenegro e presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de Montenegro”.
Catarina Marques foi ainda “membro do conselho geral do Agrupamento de Escolas do Montenegro, como representante da comunidade”, e “candidata da CDU à Assembleia da República em 2015 e 2019”, sendo “membro da Direção da Organização Regional do Algarve do PCP e da Comissão Concelhia de Faro” do partido.
O PCP considerou que a gestão do município, “gerido há décadas, ora pelo PS, ora pelo PSD”, tem-se “marcado por uma política de favorecimento dos grandes interesses e dos grandes negócios, tendente à privatização de serviços públicos e à especulação imobiliária”, com consequências na criação de “profundas desigualdades e opções de desvalorização dos trabalhadores da autarquia e de instrumentalização das justas aspirações do movimento associativo e popular”.
“Faro reclama uma política alternativa, que valorize os serviços públicos e os trabalhadores, apoie as freguesias no espaço urbano e rural, promova e reivindique políticas de acesso à habitação, de diversificação da atividade económica, de promoção do direito à cultura e ao desporto e à sua fruição, que promova o equilíbrio ambiental num território que vai do barrocal à Ria Formosa”, acrescentou o PCP.
O partido definiu como “primeiro objetivo pelo qual esta força se baterá” a “eleição de uma vereadora da CDU na Câmara Municipal de Faro” e quer que a coligação seja uma “força portadora de uma alternativa para o concelho”.
Catarina Marques tem já como rivais anunciados o social-democrata Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, que se vai recandidatar ao cargo para tentar alcançar o terceiro e último mandato à frente da autarquia, e o socialista João Marques, que procura recuperar para o PS a presidência da capital de distrito.
Nas últimas eleições, a lista encabeçada por Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) conquistou a maioria absoluta, com cinco dos nove eleitos, enquanto o PS ficou com os restantes quatro.
A data das eleições autárquicas ainda não está marcada, mas por lei têm de realizar