O empresário de construção civil Pedro Xavier é o candidato independente do Chega à Câmara de Portimão, apontando “a estagnação do município” como o objetivo principal que o levou a concorrer à autarquia, disse hoje o próprio à Lusa.
O empresário, de 47 anos, concorre pela segunda vez à liderança daquela Câmara do distrito de Faro, depois de em 2013 ter encabeçado a lista do PSD – partido ao qual esteve ligado durante 25 anos -, tendo assumido o cargo de vereador na autarquia.
O candidato disse à Lusa que aceitou o convite do Chega para liderar como independente a lista concorrente àquela autarquia no sentido de “tirar o município da estagnação em que está mergulhado, sem projetos de desenvolvimento a todos os níveis”.
“Os projetos de alavancagem estão todos na gaveta, nomeadamente, os de reabilitação urbana, de desenvolvimento económico e cultural, bem como outros conjuntos de ações que estavam definidas e com grande importância para o desenvolvimento do município”, sublinhou.
O empresário apontou a recuperação de casas degradadas no centro histórico da cidade “como um dos projetos mais importantes que estavam agendados há vários anos e que continuam por executar”.
Pouco tempo depois da sua eleição, em 2013, o PSD retirou-lhe a confiança política na sequência da assinatura de um acordo com o PS, que na altura estava em minoria, garantindo à socialista Isilda Gomes governar com maioria.
Na sequência do acordo negociado à revelia dos órgãos regionais dos sociais-democratas, Pedro Xavier assegurou um lugar permanente na vereação com pelouros atribuídos, até 2017.
Pedro Xavier vai disputar a presidência da Câmara de Portimão com Isilda Gomes (PS), que procura a reeleição para um terceiro e último mandato, Rui André (PSD), João Vasconcelos (BE), Nuno Cordas (CDU), Luís Carito (CDS-PP/Nós, Cidadãos!/Aliança) e Ricardo Cândido (PAN).
Nas eleições autárquicas de 2017, o PS obteve maioria absoluta em Portimão, ao conseguir 44,56% dos votos dos 19.962 votantes, garantindo quatro dos sete mandatos em disputa mandatos para a Câmara Municipal.
A coligação CDS-PP/PSD/MPT/PPM foi a segunda força mais votada (24,36), com dois eleitos, seguida do BE (11,66%), com um eleito. A CDU (7,78%) e o Nós, Cidadãos! (5,89%) não conseguiram qualquer mandato.
As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 26 de setembro.