O bancário Osvaldo Gonçalves é o candidato do PS à Câmara de Alcoutim e procura a sua terceira vitória consecutiva com o “sentido de missão” e a “responsabilidade” que a população lhe tem confiado, disse o próprio.
Osvaldo Gonçalves vai assim procurar a vitória para o seu último mandato, depois de ter ganho a autarquia para o PS em 2013 e de ter obtido uma “percentagem histórica” em 2017, com 66% dos votos, garantindo quatro dos cinco eleitos para a Câmara do distrito de Faro, contra um do PSD, que tinha gerido a autarquia durante 20 anos entre 1993 e 2013.
O candidato do PS em Alcoutim disse à agência Lusa que essas são as principais motivações para ir de novo a votos nas próximas eleições autárquicas, em 26 de setembro, porque a vitória alcançada em 2017 “aumentou muito o dever de responsabilidade”, de “cumprir” os “compromissos assumidos” e de “dar continuidade a um trabalho que nunca está acabado”.
“Ninguém estava preparado, todos usámos uma capacidade de habitação às novas circunstâncias para dar uma resposta cabal e efetiva às pessoas em circunstâncias novas e difíceis, como aconteceu nesta pandemia”, afirmou o candidato, de 53 anos, ao ser questionado sobre os efeitos das infeções pelo novo coronavírus no concelho.
Osvaldo Gonçalves reconheceu que foi necessário “alterar alguns projetos em carteira”, mas considerou que a pandemia “reforçou a verdadeira essência do poder local e do autarca, que é trabalhar paras as pessoas”.
“Quando alocamos os nossos meios para fazer cobertura territorial do concelho para trazer pessoas para vacinação, não podemos no mesmo momento programar outras utilizações para os autocarros e transportes porque estão afetos àquilo, que é uma prioridade”, exemplificou.
O candidato do PS ao concelho do nordeste algarvio garantiu que em Alcoutim “não se parou nenhum dos projetos ou obras em curso”, apesar de se terem verificados “atrasos na execução dessas obras” pelas dificuldades que a pandemia causou às empresas e fornecedores, e que as linhas gerais da ação municipal foram mantidas.
Entre essas linhas gerais estão a “saúde, a educação e a ação social”, assim como o “apoio às coletividades e associações”, elencou Osvaldo Gonçalves, adiantando que o município já trabalha na “criação da estratégia local de habitação”, que deverá ser aplicada a médio prazo e contará com “financiamento a 100%” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.
“Temos também o turismo, no qual não deixámos de investir, temos em execução dois projetos na área da observação astronómica e isso trará um reforço de procura de visitantes e da capacidade de alojamento, já que um também conta com uma pequena unidade hoteleira”, disse também Osvaldo Gonçalves.
A mesma fonte lembrou que o concelho da serra algarvia conta com um território afetado pela desertificação territorial e pelo envelhecimento populacional, considerou que estes dois projetos entroncam numa “estratégia de desenvolvimento para Alcoutim” e vêm unir-se ao “Centro de Competências para a Desertificação”, organismo de “cariz nacional” que, embora com “atrasos” causados pela pandemia, “está a crescer, a desenvolver-se e vai, no futuro, criar raízes”.
Osvaldo Gonçalves destacou ainda que sempre foi “defensor” da ligação rodoviária transfronteiriça entre Alcoutim e Sanlucar del Guadiana (Espanha) e frisou que esse projeto ganhou agora “uma esperança renovada” ao ser um dos inscritos no PRR para a região do Algarve.
Além de Osvaldo Gonçalves, são já conhecidos como candidatos à Câmara de Alcoutim Carlos Ludovico (PSD), Luísa Barros (CDU) e Conceição Cavaco (Chega).