O antigo vice-presidente da Câmara de Portimão Luís Carito concorre como independente pela coligação CDS-PP/Nós,Cidadãos!/Aliança à presidência do município nas eleições autárquicas, apontando como prioritária “a implementação de um plano estratégico de desenvolvimento”.
O candidato, de 65 anos, licenciado em Medicina, candidata-se pela primeira vez à presidência da Câmara do distrito de Faro, depois de ter exercido o cargo de vice-presidente entre 2005 e 2013, eleito pelo PS, partido ao qual esteve ligado como militante durante 40 anos.
Luís Carito disse à Lusa que a sua candidatura “pretende travar a queda de posicionamento que Portimão tem tido a nível regional e nacional, recuperar a cidade que se encontra ao abandono devido à má gestão dos últimos anos”.
“É necessário e urgente implementar um plano estratégico de desenvolvimento para os próximos 20 anos, para tornar Portimão mais pujante em termos económicos e sociais, ou seja, um município mais apoiante das pessoas”, apontou.
O candidato, natural de Lisboa e residente em Portimão há 40 anos, considerou que “um plano estratégico, definido para as próximas duas décadas, é prioritário para atrair o investimento”.
“É também essencial implementar medidas de apoio às crianças, jovens e aos idosos, problemas que ficaram evidenciados com a pandemia. No fundo, definir estratégias sociais para ajudar quem mais precisa”, concluiu.
Luís Carito apontou ainda a reabilitação urbana das zonas histórica, ribeirinha e da Praia da Rocha, o trânsito e o estacionamento “como problemas que não têm tido a atenção e resolução necessárias”.
Em 2013, o mandato autárquico de Carito foi interrompido, após ter sido detido pela Polícia Judiciária (PJ), num processo relacionado com a “Cidade do Cinema” e com a requalificação do Estádio Municipal, mas acabou absolvido, em 2020, pelo Tribunal de Portimão, de todos os crimes de que estava acusado.
Um caso que ficou marcado, aquando da detenção, pelo facto de Carito ter engolido um papel que retirou das mãos de um inspetor da PJ.
Luís Carito vai disputar a presidência da Câmara de Portimão com Isilda Gomes (PS), que procura a reeleição para um terceiro e último mandato, Rui André (PSD), João Vasconcelos (BE), Nuno Cordas (CDU), Pedro Xavier (Chega) e Ricardo Cândido (PAN).
Nas eleições autárquicas de 2017, o PS obteve maioria absoluta em Portimão, ao conseguir 44,56% dos votos dos 19.962 votantes, garantindo quatro dos sete mandatos em disputa para a Câmara Municipal.
A coligação CDS-PP/PSD/MPT/PPM foi a segunda força mais votada (24,36), com dois eleitos, seguida do BE (11,66%), com um eleito. A CDU (7,78%) e o Nós, Cidadãos! (5,89%) não conseguiram qualquer mandato.
As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 26 de setembro.