A candidata da CDU à Câmara de Faro assumiu esta noite o objetivo de recuperar o vereador da coligação perdido nas eleições de há quatro anos e quebrar o monopólio do PS e PSD no executivo.
“A recuperação de um vereador da CDU no concelho de Faro é um objetivo mas também uma possibilidade, assim queira a população”, defendeu Catarina Marques.
No primeiro comício oficial da CDU em Faro para as eleições autárquicas de 26 de setembro, que contou com a presença de Jerónimo Martins, a candidata destacou que o concelho de Faro “nunca conheceu outra gestão” que não as do Partido Socialista (PS) e do Partido Social Democrata (PSD), acusando-os de se comportarem como “donos e senhores do território, dos negócios e dos votos dos eleitores”.
“Se há problemas nos transportes, na habitação, no investimento público, no apoio ao movimento associativo e popular, têm a sua origem na política de direita destas forças políticas”, realçou.
A candidata assumiu que será uma voz na defesa da “reposição das freguesias”, da “água pública” e da valorização dos trabalhadores autárquicos.
Para a professora de educação especial, os farenses sabem que não irão trocar “espaços verdes por cimento, atividades produtivas por especulação imobiliários ou serviços públicos por privatizações” e que para a CDU “a cultura não é um privilégio de elites nem fogo-de-artifício para turista ver”.
Catarina Marques aproveitou a ocasião para destacar a contribuição da CDU no concelho nos últimos anos nomeadamente para a construção do novo parque de campismo e da nova ponte na Praia de Faro, a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e da taxa de derrama para alguns micro e pequenos empresários, as melhorias nos transportes públicos ou para a valorização do porto comercial.
Catarina Marques tem como rivais anunciados Rogério Bacalhau (coligação liderada pelo PSD), presidente da autarquia, que se recandidata a um terceiro e último mandato, João Marques (PS), que procura recuperar para o PS a presidência da capital de distrito, e os candidatos estreantes Custódio Guerreiro (Chega) e Aníbal Coutinho (BE).
Nas mais recentes eleições, a lista encabeçada por Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) conquistou a maioria absoluta, com cinco dos nove eleitos, enquanto o PS ficou com os restantes quatro.