A gestora Andreia Pais é a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Lagoa nas próximas eleições autárquicas, assumindo a candidatura como um desafio coletivo para promover o bem-estar dos habitantes do concelho.
A candidata, de 33 anos, é natural de Queirela de Bodiosa, uma aldeia no distrito de Viseu, mas reside em Lagoa, há 16 anos, cidade que sente como sua e que a “viu crescer pessoal e profissionalmente”, casar-se e tornar-se mãe por duas vezes, contou à Lusa.
“Quero que esta candidatura não seja só minha, mas onde todas e todos se revejam neste coletivo que estará aqui para servir as pessoas e não se servir das pessoas. Somos pessoas que pensam em pessoas e lutaremos sempre pelo bem-estar coletivo”, declarou.
Licenciada em Gestão pela Universidade do Algarve, Andreia Pais é atualmente proprietária de um centro de estudos numa freguesia do concelho, onde também dá explicações.
Reconhecendo que a candidatura à Câmara de Lagoa “não será uma tarefa fácil”, sobretudo quando a maioria “dos elevados cargos políticos são desempenhados por homens”, Andreia Pais quis, porém, dar “um sinal de mudança e de luta pela equidade”.
Andreia Pais tem como rivais na corrida à presidência da Câmara de Lagoa o atual presidente Luís Encarnação (PS), Vítor Carapinha (CDU), Francisco Martins (Movimento Independente Lagoa Primeiro), Mário Vieira (PSD), Hernâni Sousa (Chega) e Luís Dinis (IL).
O ex-vice-presidente e atual presidente Luís Encarnação candidata-se pela primeira vez à presidência do município depois de o antecessor, Francisco Martins, ter renunciado ao cargo, em julho de 2019, invocando razões de saúde.
O autarca, que cumpria o segundo mandato, depois de ter conquistado a autarquia ao PSD em 2013, avança agora com uma candidatura independente, na sequência da sua desfiliação do PS.
Nas eleições autárquicas de 2017, o PS obteve a maioria absoluta em Lagoa, com 61% dos votos, elegendo cinco dos sete lugares para a Câmara Municipal.
O PSD foi a segunda força política mais votada com 23,45% dos votos, o que se traduziu na atribuição de dois mandatos, seguido pelo BE (4,96%), CDU (4,08%) e pela coligação formada pelo CDS-PP/MPT/PPM (2,56%).
As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 26 de setembro.