O presidente da Câmara Municipal de Lagos recebeu esta quinta-feira, das mãos do líder do movimento Diem 25, a carta aberta sobre a defesa da Ponta da Piedade dirigida ao município.
“Hugo Pereira aproveitou a oportunidade para reafirmar o interesse e investimento que a Ponta da Piedade tem merecido nas políticas municipais e com estes partilhar detalhes sobre a intervenção que se encontra em desenvolvimento, correspondente à segunda fase do projeto de requalificação”, afirma a autarquia em comunicado, acrescentando que “garantir que toda a referida área seja devidamente preservada, valorizada e permaneça acessível à população residente e visitantes parece ser, afinal, um objetivo comum”.
“Tais informações já haviam sido transmitidas direta e pessoalmente ao representante do movimento, Jonathan Silva, em audiência concedida pelo presidente do município há cerca de uma semana”, acrescenta.
Nessa reunião foi-lhe apresentado o Estudo Prévio, já devidamente validado pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela CCDR Algarve, “o qual mereceu o agrado do representante da Diem25”.
A Câmara de Lagos esclarece que está “a desenvolver um projeto de continuidade da requalificação daquela área, que será devidamente divulgado, o qual incluirá, além de um conjunto variado de ações de renaturalização e valorização ambiental, a instalação de passadiços, que terão por base os trilhos de passagem existentes no troço de arribas costeiras entre a praia do Pinhão e o Farol da Ponta da Piedade, para maior comodidade e segurança dos cidadãos no usufruto do local. Pretende-se ainda a renaturalização do espaço de defesa das falésias contribuindo para a sua preservação”.
A segunda fase do projeto de requalificação da Ponta da Piedade assenta não só nos mesmos princípios da intervenção já realizada no troço entre o Farol e a Praia do Canavial, mas abrangerá também, entre outros aspetos, o reordenamento da ocupação do espaço público, o condicionamento do trânsito e do estacionamento automóvel, a circulação pedonal e ciclável em percursos dedicados – para diminuição do pisoteio indiscriminado e preservação da flora autóctone – a iluminação pública, novos miradouros e o memorial em homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen.
A intervenção da primeira e segundas fases assenta num projeto financiado pela União Europeia num investimento total de aproximadamente 2,7 milhões de euros, dos quais 60% serão financiados.