O presidente da Câmara de Aljezur enviou uma carta ao primeiro-ministro António Costa com o objetivo de o sensibilizar para a necessidade de voltar a poder-se exercer a pesca lúdica naquela região.
No documento, José Gonçalves expressa “a sua preocupação sobre a situação em que vivemos, e que descreve o esforço coletivo que tem sido feito, pelas gentes destes concelhos, que se viram privados de uma série de atividades, a bem de um bem maior, a saúde e a vida humana”.
Na missiva, o autarca “apela e tenta sensibilizar o Governo, a permitir um desconfinamento gradual, para a pesca lúdica, permitindo que os residentes em cada freguesia, possam pescar ou mariscar na própria área de freguesia, não permitindo deslocações entre freguesias, nem entre concelhos”.
José Gonçalves defende que “esta medida, além da questão cultural enraizada nestas populações, que tem visto essa possibilidade proibida, contribui para a economia familiar numa altura que é tão necessária, e acima de tudo, pode ser um “remédio” para o equilíbrio emocional e mental das pessoas”.
“Faço-o de consciência plena, do que estou a pedir, numa altura do maior desafio da nossa vida em sociedade, mas também o faço com plena consciência, que este meu pedido, vai ao encontro necessidades das gentes do meu concelho, permitindo assim abertura faseada da pesca lúdica, onde os residentes de cada freguesia possam ir pescar, possam ir mariscar na sua respetiva freguesia, atendo às razões atrás mencionadas”, frisa o autarca.
Na carta enviada a António Costa, José Gonçalves afirma que “os Aljezurenses têm feito um esforço gigantesco para cumprirem as regras do confinamento, com excelentes resultados, ao longo deste longo e penoso ano, onde de uma maneira exemplar estas gentes têm feito tudo para cumprirem as regras que tem sindo impostas, para o bem de todos” e lança o desafio para que “seja equacionada a possibilidade de regressar à pesca lúdica, de uma maneira faseada, permitido que as pessoas de cada freguesia, possam pescar e mariscar na sua freguesia de residência”.
O autarca reforça que o apelo, “é feito com plena consciência, não sendo um pedido egoísta, mas acima de tudo, faço-o com total responsabilidade e certeza, reafirmando o que desde o primeiro dia assumi como sendo a primeira das prioridades, de tudo fazer para preservar a ‘vida humana'”