O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), alertou hoje o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, para os prejuízos que o encerramento temporário da linha aérea regional que liga Bragança a Portimão trará para a região.
Numa carta enviada a Pedro Nuno Santos, Almeida Henriques refere que “a linha aérea regional é determinante para a região de Viseu, fundamental para a coesão territorial e decisiva para o desenvolvimento” do aeródromo municipal.
“Esta estrutura tornou-se uma nova porta de entrada no município e nas restantes cidades que serve, assumindo-se como um eixo de mobilidade”, realça o autarca.
Neste âmbito, Almeida Henriques espera que o ministro se empenhe para que “a situação seja resolvida sem qualquer interrupção de serviço, seja através da prorrogação do atual contrato de exploração da linha aérea, seja com a assinatura do novo contrato com a operadora”.
“O seu encerramento, ainda que temporário, teria consequências muito graves para este serviço e para a estabilidade da oferta que deve ser mantida”, sublinha na missiva.
Segundo o autarca, só em Viseu, no ano passado, a linha aérea teve 1.840 passageiros desembarcados e 1.970 embarcados no aeródromo, “números que atestam a importância deste serviço público” para a região.
A empresa Sevenair informou hoje que a linha aérea regional que liga Bragança a Portimão estará encerrada, “temporariamente”, a partir do próximo dia 22 de fevereiro, e a sua reativação está pendente da contratação do serviço público, ainda não formalizada.
O grupo aeronáutico refere tratar-se “de uma situação externa à empresa”, a qual aguarda que “seja solucionada a qualquer momento”.
Questionado pela Lusa, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação esclareceu que o contrato de serviço público assinado com a Sevenair para a ligação aérea regional entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão está condicionado porque a empresa não enviou ainda os seus relatórios de execução financeira de cada prorrogação efetuada, apesar da insistência do Governo.
Por esse motivo, explica o ministério, os relatórios não têm sido enviados para a Inspeção-Geral de Finanças, que, sem essa documentação, não liberta as verbas para a concessionária.
Segundo o ministério tutelado por Pedro Nuno Santos, o contrato aguarda ainda visto do Tribunal de Contas.
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