Um homem algarvio de 56 anos, com uma doença crónica grave, ficou sem alojamento e emprego e passou a viver dentro de um carro.
António trabalhava com base num contrato verbal e o seu ex-patrão “dava-lhe casa, luz e gás e mais 500€ em troca de trabalho numa quinta de turismo rural”, disse ao POSTAL uma das ativistas solidárias, Janete Serrano, que referiu ser o Algarve “a região mais afetada a respeito turismo” e que, por isso, “o ex-patrão tirou-lhe o trabalho e – muito pior ainda – meteu o senhor António na rua”. Indignada, Janete diz ser da opinião que o ex-patrão “devia ser penalizado”.
Em desespero, terão sido as condições sub-humanas que levaram António a pedir ajuda, depois de ter reparado nos vários vídeos, de Janete e de vários voluntários solidários, publicados nas redes sociais, sobre a situação de um alemão que vivia, depois de ter sido assaltado, como um sem abrigo na estrada de acesso ao cais comercial de Faro, que o POSTAL online noticiou em primeira mão.
Segundo Janete disse ao POSTAL, foi “depois do meu direto nas redes sociais sobre o senhor alemão René que o senhor António se dirigiu a mim a pedir ajuda”. E, numa pronta resposta, vários voluntários juntaram-se à causa e arranjaram-lhe provisoriamente casa, produtos de limpeza e até medicamentos.
Dizem ter enviado e-mails à Segurança Social e à Cruz vermelha a explicar o que estava acontecer, mas salientam que “até hoje não obtivermos nenhuma resposta”, lamentam que “até um banho lhe foi negado na Cruz Vermelha em Faro, coisa que ele tanto deseja” e referem que “o senhor não quer dinheiro, quer trabalho”.
Tanto a Janete Serrano como o Miguel Baptista, residentes em Olhão, publicaram vários vídeos de sensibilização nas redes sociais que mobilizaram vários apoios que responderam em poucos dias às necessidades provisórias do senhor António, num exemplo inspirador para todos nós.
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