A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve garantiu há momentos ao POSTAL que a detecção de casos de VIH/Sida na região continua a ser possível apesar da situação de paralisação do CAD (Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce da Infecção VIH/SIDA) de Faro.
Segundo o Bloco de Esquerda este serviço está “encerrado” desde há 15 dias, o que motivou o partido a dirigir ao Governo questões sobre a matéria em sede parlamentar. Na origem da situação esteve, esclareceu a ARS/Algarve, “uma situação pontual de doença de dois dos profissionais que compõem a equipa do CAD de Faro”.
A ARS prevê que o CAD “volte a funcionar em pleno já esta semana”.
A ARS/Algarve sublinha, no entanto, que “o serviço não esteve encerrado”. “Esteve sempre de serviço uma enfermeira que, dada a situação de impossibilidade de realização dos testes de detecção do VIH/Sida, encaminhou os utentes para o centro de saúde mais próximo da sua área de residência. No Algarve todos os centros de saúde estão em condições de realizar os testes de despiste da infecção pelo VIH e por isso ficou garantida a assistência aos utentes em todos os casos”, referiu a ARS/Algarve ao POSTAL.
Embora reconheça que a situação é anómala, dado que este serviço [o CAD] é muito importante para a região, a ARS refere que “não é possível evitar que os profissionais do CAD possam adoecer e que, por via disso, o serviço tenha ficado sem funcionar”.
O CAD de Faro, único na região, é um serviço que permite a despistagem da infecção pelo VIH em condições de anonimato dos utentes e com acompanhamento médico e psicológico das pessoas que se submetem aos testes. Os testes realizados no serviço permitem despistagem do VIH por dois sistemas, garantindo uma maior eficácia da detecção, e o posterior envio dos doentes para as unidades especializadas do Serviço Nacional de Saúde.