As restrições para proteção e valorização da estação marinha do Ramalhete (e sua área envolvente), classificada como Imóvel de Interesse Municipal em janeiro deste ano, foram agora aprovadas em Reunião de Câmara.
“O edifício principal deste complexo vê garantidas medidas de proteção integral, que incluem a manutenção de volumetrias, alinhamentos e cérceas existentes, bem como a conservação de cores, revestimentos, acabamentos na fachada e noutros elementos de construção (como, por exemplo, de carpintaria, cantaria ou serralharia)”, explica a autarquia farense em comunicado, acrescentando que “apenas serão permitidas alterações que se apliquem para a substituição de materiais degradados e impossíveis de recuperar, havendo sempre a obrigatoriedade de aplicação de outros idênticos”.
Os dois edifícios do complexo e o logradouro também estão sujeitos a medidas de conservação estrutural, tendo toda a área sido, ainda, considerada como de sensibilidade arqueológica. Esta classificação obriga a que qualquer intervenção esteja sujeita a acompanhamento pelos serviços de Arqueologia da Câmara Municipal de Faro.
“Fica, deste modo, garantido que a estrutura deste espaço de Interesse Municipal, ocupado desde 1994 pela Universidade do Algarve/ Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) como estação experimental (com aquários e laboratórios), se manterá inalterada”, assegura a Câmara de Faro.
A autarquia recorda que “a data de construção deste complexo não é conhecida, mas que o mesmo fazia parte de uma armação para a pesca do atum (almadrava), memória das grandes operações de pesca de atum que existiram ao largo de Faro”.