O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, considerou esta quarta-feira que a rescisão dos contratos para a prospecção e exploração de petróleo na região “é uma boa decisão”, que devia de ter sido tomada há mais tempo.
“Felizmente, o Governo vai rescindir os contratos e consideramos que é uma boa decisão para a economia, para o ambiente e para o turismo, aquele que é o sector fundamental da região e que contribui com uma enorme percentagem para o PIB (Produto Interno Bruto) nacional”, disse Jorge Botelho.
Para o presidente da AMAL e da Câmara de Tavira, a rescisão dos contratos com a empresa Portfuel, de Sousa Cintra, e com o consórcio que reúne Repsol e Partex “peca por tardia, porque era um assunto que estava a prejudicar a imagem da região enquanto destino turístico”.
“Pensamos que a decisão devia ter sido tomada há mais tempo, mas, no meu entender, o Governo quis acautelar-se até ao limite da razoabilidade de poder rescindir os contratos, o que aconteceu agora, depois do parecer da Procuradoria-Geral da República”, destacou.
Jorge Botelho considerou que os contratos de prospecção e exploração de petróleo no Algarve “enfermavam de um conjunto de não conformidades que agora se verificaram”.
“Sempre achamos que os contratos eram ilegais, daí a AMAL ter interposto duas providências cautelares para travar o processo”, recordou.
Na opinião do presidente da AMAL, a decisão do Governo em travar a prospecção e exploração de petróleo, “é boa para a região, para o país e para os autarcas, que se tinham unido em torno deste assunto”.
“O que queremos é o Algarve com energias limpas, sem exploração de petróleo, porque consideramos que não faz qualquer sentido [o contrário]”, concluiu.