O Município de Aljezur endereçou ao secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território e à secretária de Estado das Pescas, comunicação a exigir “a avaliação da portaria que definiu o defeso da pesca ao sargo, o qual teve início no dia 1 de fevereiro e termina no dia 15 de março, e todos os anos se repete, desde 2014, na Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano”.
Na missiva, a autarquia relembra “reuniões e posições tomadas no passado, nomeadamente numa reunião mantida em Aljezur, com vários responsáveis por estas Secretarias de Estado, onde foram ouvidos os autarcas dos concelhos do PNSACV e um grupo de representantes dos pescadores lúdicos”.
A autarquia coloca ainda algumas questões sobre a portaria em causa e os seus efeitos, assim como as zonas de interdição à pesca, nomeadamente da zona de Rogil. Assim, volvidos, 6 anos, a autarquia aljezurense quer saber como está a situação do recurso sargo, que monitorização foi feita e que resultados e dados foram alcançados? Questiona também quando é que vai ser feita a revogação da portaria em causa.
Ainda, nesta mesma reunião, foi abordada a questão das áreas de interdição de pesca, “que se mantêm sem, aparentemente, nenhum estudo cientifico a sustentá-las e a monitorizá-las, e assim vão ficando?”.
O Município de Aljezur quer ainda saber como está o Projeto MarSW, que poderá ajudar a “concluir pela necessidade de uma revisão desses limites e/ou a criação de novas áreas de interdição”?
E termina, relembrando que “o sentimento de injustiça continua e agrava-se, com o momento em que o país atravessa, e quando a pesca é, uma atividade que está enraizada na cultura das gentes destes concelhos, exigindo a sua avaliação e a sua revogação”.