A Rocha da Pena, sítio classificado em Loulé, entre Alte e Salir, é o centro da exposição patente a partir de dia 24 no Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte.
A mostra sob o título “A propósito da Rocha da Pena” relembra que “vive gente na Rocha da Pena: a maior parte nasceu aqui, outras vieram doutros sítios de Portugal, de França, da Holanda, de Espanha, da Bélgica. Outros estão de passagem, amigos caminhantes, estudiosos da natureza, turistas, praticantes de desportos”.
“Há animais selvagens grandes como javalis, grifos, águias, texugos, raposas, outros mais pequenos como ouriços, doninhas, martas, ginetas, lebres, ratos, pássaros, cobras, cigarras, formigas, grilos, borboletas, louva-a-deus, libelinhas, abelhas, vespas, besouros, moscardos, moscas e mosquitos, aranhas, rãs, sapos, salamandras, caracóis, morcegos… e além destes, passaram muitos outros que entretanto desapareceram – ficaram os fósseis”, reforça a sinopse da autarquia relativa a esta iniciativa.
“Há plantas enormes e magníficas como a azinheira, o sobreiro e o pinheiro manso, outras mais modestas, a esteva, o tojo, a rúdia, o funcho, a erva-abelha, a rosa-albardeira, os cardos, o alecrim, a alfazema, o tomilho e com o homem vieram muitas outras… há lugares que mudam: casas, moinhos, valados, noras (lá se vão os alcatruzes), caminhos, fornos de pão e de cal, pocilgos e galinheiros.
Somos uma parte desta diversidade”, refere ainda o enquadramento da exposição.
Aline Nève deixou o meu país natal, a Bélgica, há 27 anos, para se instalar na Rocha da Pena, à beira desta “montanha” fabulosa. “Mostro aqui alguns aspectos da vida do quotidiano, das descobertas e dos encontros que tenho a sorte de ter vivido”, diz a artista.
A exposição pode ser visitada de Segunda a Sexta-feira, das 9 às 17 horas e tem entrada livre.