A Algfuturo – União Empresarial do Algarve realizou no passado fim-de-semana uma reunião plenária, com representantes de todas as zonas do Algarve e sectores, sob “um pano de fundo cada vez mais aterrador (vêm aí mais falências e desemprego)”, como esta associação sempre previu.
O encontro teve como objetivo aprovar as bases do Programa de Renovação Económica do Algarve, em que a associação tem vindo a trabalhar desde o surto da pandemia e reconhecimento da urgência em diversificar os setores produtivos, indispensável para a coesão territorial, aumento de produção, emprego e menor sazonalidade.
Nesse sentido, além do fórum empresarial realizado recentemente e do diálogo interno com as 30 organizações associativas sócias “temos dialogado com associações nacionais e regionais”, explica a Algfuturo em comunicado, tendo sido “apresentado um quadro estratégico da história mais recente e identificadas as circunstâncias que conduziram a região a uma situação de desequilíbrio fatal”.
A União Empresarial do Algarve identificou “os estrangulamentos” e apresentou “as medidas de dimensão geral e sectorial, desenvolvendo-se as duas primeiras fases num calendário correspondente aos próximos Quadros Comunitários de Apoio (2020/2030 e 2030/2040)”.
“Haverá uma monitorização regular, com um grande balanço no fim de cada uma das fases”, destaca a associação.
O trabalho, coordenado pelo presidente, envolve 15 dirigentes, entre responsáveis associativos e professores universitários. A associação vai dar conhecimento do exposto aos órgãos de soberania e entidades regionais e nacionais, com disponibilidade para apresentação e participação em Grupos de Trabalho.
Durante a reunião foi analisada a questão da quarentena imposta pelo Reino Unido em que ficou incluído o Algarve, “considerando-se da maior gravidade, pois envolve um potencial de 35% das dormidas registadas de estrangeiros, sendo uma adversidade insuperável no atual limitado quadro da procura”.
Para a Algfuturo, “o Algarve tem de avançar com a sua própria candidatura não podendo ficar dependente de uma qualquer região. Sendo a nossa dependência fatal, não podemos aceitar mais prejuízos”.