O primeiro-ministro disse hoje que o Algarve vai dispor de mais 500 milhões de euros de fundos comunitários para executar até 2027, dos quais 200 milhões se referem a um programa específico para a eficiência hídrica.
“Entre o próximo quadro financeiro plurianual e o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o Algarve vais dispor de mais 500 milhões de euros que acrescem àquilo que tem sido, nos últimos anos, o recurso a cerca de 300 milhões de euros de fundos comunitários para executar ao longo de sete anos”, afirmou.
O primeiro-ministro, que falava durante a cerimónia de assinatura de um acordo de colaboração entre a Câmara de Loulé e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), adiantou que cerca de 200 milhões são referentes a “um programa especial na área do ambiente” para melhorar a eficiência energética da região, nomeadamente para “combater as perdas da rede” e encontrar “novas formas de abastecimento”, como o “recurso à dessalinização”
António Costa destacou ainda a “oportunidade” que as autarquias e empresas algarvias têm para “acederem a outros programas específicos”, criados no âmbito do PRR para a “recuperação empresarial, formação profissional e de emprego”, que “no caso do Algarve poderá beneficiar de um “programa específico destinado ao setor do turismo”, destinado a todo o país, mas que “irá incidir nas regiões” onde este setor “tem um peso reforçado”.
As consequências da pandemia da covid-19 no turismo, do qual o Algarve é umas das regiões “mais duramente atingidas” e onde a taxa de desemprego tem vindo a “aumentar mais fortemente”, levou o governante a assumir “uma responsabilidade acrescida” em contribuir para a “diversificação da base económica da região” para que ser torne “mais resiliente a crises cíclicas” que possam atingir o setor do turismo, “sem que deixe de trabalhar para continuar a ser um dos grandes destinos turísticos à escala mundial”.
Numa sessão onde foi apresentando um programa para o apoio à habitação para 1400 agregados familiares até 2030, António Costa, destacou que “não é por acaso” que Algarve, é das regiões onde é “mais difícil conseguir colocação” para o preenchimento de vagas dos concursos de “professores para as escolas ou de médicos para os cuidados de saúde primários ou hospitalares”.
“As dificuldades de acesso à habitação são o outro lado da moeda do enorme sucesso do Algarve como destino turístico”, defendeu António Costa adiantado que é das regiões onde as políticas públicas de habitação “são essenciais” para aumentar seu desenvolvimento económico.
O evento contou também com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e dos secretários de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, e da Descentralização e Administração Local, Jorge Botelho.