A Iniciativa Liberal de Faro critica a imposição “cega do estado de contingência anunciado pelo Governo”. Refere o partido político que “ficamos aliás bastante impressionados quando a 27 de agosto o Governo informou que a 15 de setembro todo o país iria entrar em estado de contingência”.
“O Algarve tem tido o número de novos casos bastante abaixo da média nacional e não compreendemos como é que um estado de contingência pode ser aplicado de forma cega. A utilização do argumento do regresso às aulas e ao trabalho também não nos convence. Basta olhar para a rede de transportes públicos do Algarve para compreender que infelizmente poucos são os algarvios que utilizam essa rede de transportes para as suas deslocações diárias.”, refere Cláudia Vasconcelos, Coordenadora Geral da Iniciativa Liberal de Faro.
Continua a Iniciativa Liberal, explicando que “o regresso ao trabalho, na região do Algarve, já se fez há várias semanas atrás, e infelizmente nesta altura mais serão os que deixam de ter trabalho do que os que regressam aos seus postos de trabalho. O Algarve continua a aguardar as supostas medidas para a aplicação dos 300 milhões de euros atribuídos pela União Europeia. Pior do que isso, o Algarve atravessou este Verão e mostrou que estava preparado para receber os turistas de forma segura. E em momento algum isto foi valorizado”.
“No mesmo dia em que ficámos a saber que Portugal Continental foi excluído do corredor aéreo inglês, que permite aos seus turistas não ficar de quarentena no seu regresso a casa, tivemos conhecimento que o Algarve vai ter o mesmo tipo de medidas que zonas como Lisboa ou o Norte onde o número de casos não tem qualquer comparação. O número de novos casos no Algarve entre 25 de Agosto e 10 de setembro representa em média 2,44% dos novos casos do nosso país. Não podemos nem devemos ser colocados num estado de contingência que vai acabar com as poucas esperanças dos empresários algarvios em fazer face a um terrível como este”, termina o partido político.