O Rali do Algarve, que se realiza entre a próxima sexta-feira e o sábado, vai definir o sucessor de Carlos Vieira como campeão nacional de ralis, com Armindo Araújo muito perto do título, mas Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes ainda na corrida.
A prova algarvia, nona e última do Campeonato Nacional de Ralis 2018, volta a decidir o principal título português de pilotos, com uma luta que promete ser a três entre o líder do campeonato, Armindo Araújo (Hyundai i20 R5), o algarvio Ricardo Teodósio (Skoda Fabia R5) e José Pedro Fontes (Citroen C3 R5), com Carlos Vieira ainda a recuperar do acidente no Rali Vidreiro e sem hipóteses de lutar pela revalidação.
Armindo Araújo é quem chega ao Algarve na melhor posição e pode conquistar o seu quinto título de campeão de ralis. Tem 26,38 pontos de vantagem sobre Ricardo Teodósio, mas, se pontuar neste rali, está obrigado a “deitar fora” um resultado, já que, pelo regulamento, apenas contam para a pontuação final as sete melhores das nove provas do campeonato. Ou seja, sem os 12 pontos que somou no Rali Serras de Fafe, nesta altura, Armindo Araújo tem, na prática, uma vantagem de 14,38 para Ricardo Teodósio, que não precisa de descartar resultados, pois não pontuou em Fafe.
Mais remotas as hipóteses de José Pedro Fontes conquistar o seu terceiro título de campeão, com 28,68 pontos de desvantagem para o líder, que na prática são 16,68, e também sem necessidade de excluir nenhum resultado.
A prova volta a ter como aliciante extra a final do European Rally Trophy
Armindo Araújo se terminar na frente dos adversários será sempre campeão, mas também pode conquistar o título ficando atrás de Teodósio e Fontes, mas aí já dependerá das prestações que os mais diretos concorrentes consigam na prova, estando sempre obrigado a terminar entre os três primeiros, avança a Agência Lusa. O triunfo no Rali do Algarve vale 25 pontos, o segundo classificado soma 20 e o terceiro 17, e há ainda a pontuação bónus por cada melhor tempo em classificativa, o que deixa tudo em aberto nas contas do título para estes três pilotos.
Tal como aconteceu em 2017, a prova volta a ter como aliciante extra a final do European Rally Trophy (ERT), competição com a chancela da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que congrega sete competições regionais europeias (Alpino, Balcãs, Báltico, Benelux, Celta, Central e Ibérico) e onde aos melhores classificados de cada região é dada a possibilidade de participar nesta prova final para definir o título de vencedor.
Ao título do ERT há vários candidatos, entre os quais o português José Pedro Fontes, o romeno Dan Girtofan (Skoda Fabia R5), o checo Ondrej Bisaha (Ford Fiesta R5) e o holandês Kevin Van Dejine (Ford Fiesta R5).
No figurino para este ano, o Clube Automóvel do Algarve introduziu algumas mudanças, com as provas especiais de classificação na Serra de Monchique – Alferce (9,9 km) e Fóia (16,6)- percorridos por duas vezes na sexta-feira, dia 16 de Novembro, às quais se junta a superespecial noturna nas ruas de Lagos (1,6), enquanto para sábado ficam reservadas as duplas passagens por Chilrão (20,14), Nave Redonda (18,2) e Monchique (13,2).