A afluência de turistas ao Algarve este verão está a registar quebras, embora pouco significativas, havendo uma tendência para a procura não se concentrar apenas na época alta, afirmam responsáveis do setor.
As elevadas temperaturas nos principais mercados emissores e o ressurgimento da procura em outros países da bacia do Mediterrâneo podem explicar a quebra, embora os dados relativos ao primeiro semestre deste ano indiquem que o desempenho turístico do Algarve está em linha com o ano anterior.
Segundo o presidente da maior associação hoteleira da região, a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, a ocupação este ano está “ao nível da que se registou no ano passado”, embora com “uma tendência para estabilização ou ligeira descida”, já que a ocupação média por quarto se situou, em 2018, nos “85% em julho e 95% em agosto”.
O presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, refere, por seu turno, que embora se registe uma menor procura pelo tradicional sol e praia, a região tem crescido significativamente nas épocas intermédias e até nas baixas.
Em 2017, cerca de 70% das dormidas aconteceram fora da época alta e, em outubro de 2018, o movimento de passageiros no aeroporto de Faro registou um aumento superior ao de agosto de 2015, uma realidade a que antes não se assistia na região, frisou à Agência Lusa.
No entanto, as expetativas para este julho e agosto apontam para uma diminuição nas reservas, que estão, assim, a um nível “ligeiramente inferior” face a 2018, “sobretudo dos mercados holandês, alemão e francês”, notou João Fernandes.
(CM)