Os dados divulgados pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, mostram que no ano passado, a produção no Algarve atingiu 102 292 toneladas, o que se traduz em mais 12 mil do que no ano anterior.
Contudo, é importante ressalvar que só uma pequena quantidade é considerado sal marinho tradicional, ou seja, sal obtido da evaporação da água do mar, em resultado do calor do sol e vento, em salinas tradicionais e com colheita manual. O produto mais valioso continua a ser a flor do sal, que rende sete a oito vezes mais do que o sal marinho tradicional.
Em termos gerais, o Algarve produz mais de 95% de todo o sal marinho do país, contando com mais de três dezenas de salinas em atividade, que ocupam quase mil hectares. O aumento da produção no ano de 2019 foi de 13%, numa atividade que voltou a renascer e que continua a ser muito importante em Castro Marim.
Em termos de comparação, este ano, a produção da flor de sal “quase igualou” a produção do ano passado. Contudo, a produção do sal está mais baixa, conforme noticia a CM, citando Luís Rodrigues, da cooperativa Terras de Sal, de Castro Marim.
Em setembro, espera-se um mês forte, uma vez que “há uns 15 anos havia três pessoas a trabalhar e hoje já são umas 50 ou 60”, diz Filomena Sintra, vice-presidente da autarquia local em declarações ao CM.
A valorização do produto e da própria profissão aumenta cada vez mais, tornando o Algarve num importante produtor de sal a nível nacional.