A cidade de Albufeira presta homenagem ao Beato Vicente a partir da próxima quinta-feira e até domingo, numa iniciativa da Paróquia de Albufeira com a colaboração da câmara local.
Na quinta-feira, pelas 18 horas, a Igreja Matriz acolhe uma Missa Solene em honra do patrono de Albufeira e, às 19, a Igreja de Santa Ana é palco da apresentação da mais recente edição do livro “Cartas do Japão”, escritas por Beato Vicente, e que contém as memórias do missionário em terras orientais. Esta nova edição foi actualizada com a descrição dos factos ocorridos em Albufeira nos últimos 50 anos relacionados com o mártir.
À noite a Igreja Matriz abre portas a um serão musical que conta com a participação do reconhecido músico Rão Kyao, que irá interpretar temas do seu último trabalho intitulado “Sopro de Vida – Maria”, que inclui conhecidas criações musicais do cónego José Pedro Martins, sacerdote e vigário episcopal para a Pastoral da Diocese do Algarve e compositor de música litúrgica.
No domingo, pelas 19 horas, haverá uma Missa Festiva no Centro Pastoral Beato Vicente. Os jovens e as crianças da catequese paroquial fazem a evocação histórica da vida e acção missionária do seu patrono espiritual. Às 20 horas, tem início a tradicional procissão pelas ruas da cidade até à Praceta da Rua Beato Vicente, que junta dezenas de populares. Pelas 21.30, o Centro Pastoral acolhe um momento cultural com a actuação do Coro de Quarteira e a apresentação da nova edição do livro “Cartas do Japão”. Os festejos encerram com o Hino do Beato Vicente cantado pelo coro e assembleia.
Quem foi o Beato Vicente
Recorde-se que Frei Vicente de Santo António, conhecido como São Vicente de Albufeira ou Beato Vicente, foi um religioso missionário português da Ordem de Santo Agostinho. Vicente nasceu em 1590 no Castelo de Albufeira. Os seus pais educaram-no na piedade e bons costumes e, passada a infância, enviaram-no para Lisboa onde, depois de ter revelado talento na carreira eclesiástica, foi ordenado sacerdote aos 27 anos. Em 1523 foi para o Japão, onde viu-se obrigado a mudar de traje e de nome, fazendo-se caixeiro ambulante pelas ruas de Nagasaki para poder entrar nas casas e introduzir-se nas famílias, onde converteu e encorajou os cristãos perseguidos. Durante anos, trabalhou na catequese, pregando a Boa Nova e administrando os Sacramentos. Tendo passado por Espanha, México e Filipinas, acabou martirizado no Japão a 3 de Setembro de 1623. Foi beatificado na Igreja Católica pelo Papa Pio IX a 7 de Julho de 1867. Ao que reza a lenda, faleceu erguendo um crucifixo, imagem representada na Estátua em sua homenagem, situada no Largo Jacinto de Ayet, em Albufeira.