Na última semana de outubro ingressou no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens (RIAS) uma águia de Bonelli (Aquila fasciata) proveniente do concelho de Castro Marim.
A ave, “encontrada por um particular atento, não aparentava estar em condições de voar como deveria, e foi por isso recolhida e transportada por Vigilantes da Natureza”, explica o RIAS na sua página de Facebook.
“Já no nosso centro, foi realizado o exame físico onde se observaram vários ferimentos perfurantes e uma lesão no pulso direito, o que levou a equipa a suspeitar que tivesse sido alvo de tentativa de abate a tiro”, pode ler-se.
As suspeitas foram confirmadas, após a realização de um exame radiológico, pois “foram encontrados dois projéteis de caçadeira no pulso direito e na cauda, mas também uma fissura no cúbito direito que apresentava ainda restos de munição”.
Sem possibilidade de retirar os projéteis, e dada a extrema debilidade que apresentava, “a única medida a tomar foi estabilizar a ave”, foram então administrados “fluídos sub-cutâneos, uma solução multivitamínica e antibiótico para evitar uma possível infeção dos ferimentos”.
A águia foi colocada na sala de internamento do RIAS, onde lhe foi fornecido alimento que aceitou prontamente, deixando toda a equipa com “uma sensação de alívio e esperança na sua recuperação”.