O Aeroporto de Faro vai prolongar para este Inverno nove rotas aéreas, que representam 43 mil novos lugares, face ao Inverno passado, com destaque para os voos com origem em França, disse esta manhã Hélder Lemos, responsável do departamento de marketing daquela infraestrutura.
As rotas, que eram operadas exclusivamente no Verão, vão ligar durante o Inverno a capital algarvia às cidades de Glasgow (Escócia), Bornemouth e Doncaster (Reino Unido), Frankfurt (Alemanha), Luxemburgo, Paris (aeroporto Charles de Gaulle), Lyon e Toulouse (França) e Viena (Áustria).
Em termos de mercado emissor de turistas, França regista um dos maiores crescimentos, apresentando, até Setembro, um aumento de 112% em número de lugares disponíveis, ultrapassando mesmo a Irlanda, referiu Hélder Lemos em conferência de imprensa, realizada na Região de Turismo do Algarve (RTA).
A instabilidade nos destinos do Norte de África, os recentes atentados em Nice, no sul de França, e o aumento do número de cidadãos franceses que procuram o Algarve o ano inteiro, por estarem a investir na compra de segundas residências na região, explicam o crescimento do mercado francês, observou Hélder Lemos.
Relativamente ao inverno de 2015, há um crescimento estimado de 19% de passageiros, acrescentou aquele responsável, frisando que no Inverno de 2016, pela primeira vez, o Aeroporto de Faro deverá ultrapassar 1,7 milhões de lugares disponibilizados.
No Inverno de 2016, o aeroporto estará ligado a 60 aeroporto, em 15 países, através de 33 companhias aéreas.
O principal mercado emissor de passageiros continua a ser o Reino Unido, seguido pela Alemanha, Holanda, Irlanda e França, que passou a ocupar o quinto lugar, ultrapassando a Bélgica e a Espanha.
O presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, não precisou o investimento da Associação de Turismo do Algarve (ATA) nas novas operações, dizendo apenas que dois terços do orçamento de seis milhões de euros da ATA se destinam ao trabalho com operadoras e companhias aéreas.
Este responsável referiu ainda que “é preciso continuar a investir porque o turismo não é só aquilo que ‘está a dar no momento’. O turismo será sempre em função daquilo que pudermos fazer para reforçar o futuro e um Algarve que tem de funcionar 365 dias por ano não pode ficar satisfeito com quatro ou cinco meses bons. É preciso que se continue a fazer um esforço para melhorar a sustentabilidade da região”, alertou Desidério Silva.
(Com Agência Lusa)