Trata-se de um dos nomes mais reconhecidos e respeitados do pensamento e da política portuguesa e será o convidado do ciclo ‘Horizontes do Futuro’, a 25 de fevereiro, pelas 21 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Loulé.
Presente pela segunda vez nestas conferências, Adriano Moreira apresenta o tema “A Desordem Mundial”.
«O conceito jurídico da Ordem Mundial foi definido na Carta da ONU, com dois Paradigmas: “O mundo único”, e “A Terra casa comum dos homens”. Ambos os paradigmas estão violados, por incidentes graves (Iraque, Afeganistão, Líbia) e agora pelas migrações e pelo terrorismo, este culminando com a intervenção do Estado Islâmico».
Adriano Moreira nasceu em Grijó, Macedo de Cavaleiros, a 6 de Setembro de 1922. É estadista, político, advogado, politólogo, sociólogo e professor universitário. Destacou-se pelo seu percurso académico e é um intelectual bastante considerado na sociedade portuguesa.
Assumindo cargos públicos desde jovem, foi figura destacada do Estado Novo no âmbito da política colonial: foi Ministro do Ultramar (1961/63), fundou e dirigiu institutos de estudos africanos, entre os quais os Estudos Gerais Universitários de Lourenço Marques (Maputo) e Luanda. Presidiu à Sociedade de Geografia de Lisboa, entre outros cargos. Depois do 25 de Abril, tornou-se uma das personalidades de referência do Centro Democrático Social (CDS) e parlamentar respeitado. Foi deputado desde 1979 e vice-presidente da Assembleia da República entre 1991-1995, deixando então a vida política.
Desde essa altura, Adriano Moreira continua a dedicar-se ao ensino, à investigação e a escrever sobre a conjuntura portuguesa, Política, Relações Internacionais e Direito. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa em 1944, ingressou no corpo docente da Escola Superior Colonial, que transformou no actual Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, onde autonomizou o ensino da Ciência Política, das Relações Internacionais e da Estratégia. Foi ali director durante doze anos, e depois presidente do Conselho Científico até à jubilação. É professor doutor por aquele instituto e em Direito pela Universidade Complutense de Madrid.
É professor de relações internacionais, há cerca de quarenta anos, no Instituto Superior Naval de Guerra, da Escola de Comandos e Estado-Maior e da Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde organizou o Instituto de Relações Internacionais e Direito Comparado (IRICO). Professor da Universidade Católica Portuguesa. Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. É Doutor Honoris Causa pelas Universidades Aberta, da Beira Interior, Manaus, Brasília, S. Paulo e Rio de Janeiro. É, ainda, membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia de Marinha, da Academia de Ciencias Morales y Politicas de Madrid e da Academia Portuguesa da História. Foi curador da Fundação Oriente, e é curador da Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro.
Escreveu várias obras, entre as quais “A Europa em Formação”, Lisboa, 1974, “Ciência Política”, Lisboa, 1979, “Teoria das Relações Internacionais”, Coimbra, 1996.
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