A GNR já registou, desde o início do ano e até 17 de Agosto, 11 vítimas mortais na Estrada Nacional 125, que atravessa longitudinalmente o Algarve, tendo as últimas três sido motivadas por uma colisão frontal ocorrida na segunda-feira.
Os dados dos acidentes que a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou desde 1 de Janeiro, e aos quais a Lusa teve acesso, dão conta de oito vítimas mortais até 16 de Agosto, mas o número aumentou logo no dia seguinte, com a morte de três jovens entre os 19 os 24 anos cujo veículo colidiu com outro automóvel ligeiro na zona da Patã, no concelho de Loulé.
Este número representa cerca de um terço das 29 vítimas mortais registadas nos primeiros oito meses de 2015 em todas as vias da principal região turística de Portugal e iguala já o total de mortos que a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) contabilizou no distrito de Faro em todo o ano de 2014.
Do total de 11 mortes registadas em acidentes rodoviários na Estrada Nacional 125 (EN 125) desde o início do ano e até segunda-feira, mais de metade ocorreram no Verão, período de maior afluência de turistas ao Algarve e no qual a população presente na região quase que triplica.
Colisão frontal ocorrida na passada segunda-feira provocou três mortes
Além das três mortes registadas na colisão frontal ocorrida na segunda-feira, a EN 125 também foi o cenário de outro acidente fatal com duas vítimas mortais, verificado a 9 de Agosto, quando outros dois veículos ligeiros chocaram, na zona de Lagoa, causando também quatro feridos graves.
A 18 de Julho, por ocasião da concentração de motos de Faro, uma mulher de 24 anos também perdeu a vida após ter sido colhida por um motociclo, na EN125/10, estrada que faz a ligação ao aeroporto de Faro e ao recinto onde se realiza a concentração.
A estas seis mortes, somam-se cinco registadas até ao início do Verão, o que perfaz um total de 11 vítimas mortais desde o início do ano de 2015 na EN 125, a única estrada alternativa à Via do Infante (A22) e a única solução para evitar o pagamento de portagens na antiga Auto-estrada Sem Custos para o Utilizador (SCUT) do Algarve.
As 11 vítimas mortais representam cerca de um terço do total de 29 mortes verificadas pela GNR nos primeiros oito meses do ano em todo o Algarve, de acordo com os dados fornecidos pela GNR.
Assim, nos primeiros oito meses deste ano, já foi registado no Algarve o mesmo número de mortes contabilizado em todo o ano de 2014 pela Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária na região.
Os 29 mortos verificados até segunda-feira no Algarve igualam assim o número de vítimas mortais de 2014, superam as 21 mortes registadas em 2013, mas ficam aquém dos 43 mortos que ANSR contabilizou em 2012, primeiro ano da entrada em vigor das portagens na Via do Infante.
(Agência Lusa)