Nos labirintos da mente humana, a ansiedade e a depressão muitas vezes caminham de mãos dadas, criando um emaranhado complexo de emoções e sintomas que podem obscurecer a linha ténue entre o que é considerado normal e o que é patológico.
A psiquiatra Diana Malheiro Mota, ao abordar esta relação, em declarações ao Viral, prefere iniciar esclarecendo o que a ansiedade e a depressão não são, destacando sua natureza patológica e evitando definições excessivamente formais que poderiam alienar os pacientes.
Ela destaca que sentir tristeza ou ansiedade ocasionalmente é uma experiência humana comum, mas ressalta que as perturbações depressivas ou ansiosas vão além disso, exigindo a intervenção de profissionais de saúde mental.
Nessa dança entre ansiedade e depressão, muitas vezes, uma influencia a outra, aumentando a probabilidade de comorbilidade. A longo prazo, quadros de ansiedade não tratada podem pavimentar o caminho para o desenvolvimento da depressão, e vice-versa.
O psicólogo Pedro Coutinho reforça essa ideia, destacando a forte ligação entre as duas perturbações, que muitas vezes coexistem e compartilham sintomas comuns.
A relação entre ansiedade e depressão é reconhecida pela Direção-Geral de Saúde, que alerta para o risco de uma perturbação de ansiedade não tratada evoluir para uma depressão.
Porém, entender a relação entre essas duas perturbações vai além de reconhecer sua coexistência. Envolve compreender suas causas e os tratamentos adequados.
A depressão, conforme explicado por Diana Malheiro Mota, é mais do que simples tristeza. Envolve uma série de sintomas que interferem significativamente na vida diária da pessoa, podendo incluir sentimentos de desesperança, isolamento e até mesmo pensamentos suicidas.
Por outro lado, as perturbações de ansiedade, como delineado por Pedro Coutinho, podem surgir de uma variedade de fatores, incluindo predisposição genética, eventos stressantes e desequilíbrios químicos no cérebro.
O tratamento dessas perturbações requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo psicoterapia e, em alguns casos, intervenção farmacológica. É essencial que as pessoas busquem ajuda profissional quando os sintomas de ansiedade ou depressão interferirem significativamente em sua qualidade de vida.
Portanto, enquanto a ansiedade e a depressão podem ser companheiras frequentes, é importante reconhecer que há esperança e ajuda disponível para aqueles que estão lutando contra essas perturbações mentais. O primeiro passo é procurar apoio e orientação de profissionais de saúde mental qualificados.
Leia também: Nesta praia portuguesa os javalis também vão a banhos