Segundo a 2.ª comandante operacional nacional da ANPC, Patrícia Gaspar, que falava num ‘briefing’ em Monchique, o anterior balanço era de 230 pessoas deslocadas e a redução deve-se ao facto de alguns moradores terem ido para casas de familiares e de “estrangeiros que regressaram às suas origens”.
O número de feridos deste fogo rural, que deflagrou na sexta-feira no concelho de Monchique e lavra também em Silves e Portimão (distrito de Faro), subiu para 32, um dos quais em estado grave, que se encontra em Lisboa.
Patrícia Gaspar referiu que as zonas mais críticas são a Fóia, na frente oeste do incêndio, e Silves, a leste do concelho de Monchique.
A Proteção Civil regista hoje de manhã uma “situação mais estável” em relação ao fogo que lavra na serra de Monchique, Algarve, mas são “expectáveis” reativações a partir das 15:00, devido às condições meteorológicas.
Durante a noite foi possível “fazer bons progressos” no combate, estando as operações “mais estabilizadas no terreno” comparativamente à tarde de terça-feira.
Contudo, para hoje prevêem ventos que poderão chegar aos 35/40 quilómetros por hora e uma temperatura máxima de 35 graus, além de uma humidade relativa que poderá chegar aos 50%, o que configura um cenário semelhante ao de terça-feira, durante o dia.
De acordo com os dados europeus, no incêndio que começou em Perna da Negra (Monchique) arderam até hoje 21.305 hectares, metade dos 41 mil que o fogo tinha destruído na mesma região em 2003 nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
O fogo de Monchique já destruiu quatro vezes mais do que a área ardida este ano até 15 de Julho (5.327 hectares).
De acordo com a página da internet da Proteção Civil, mais de 1.400 operacionais estão no terreno, apoiados por quase 450 viaturas e por dois meios aéreos.
O ponto da situação disponível na página da Protecção Civil indica que se regista “em todo o perímetro” do fogo fortes reactivações que, associadas à intensidade do vento, “tomam de imediato grandes proporções”.