O virologista Paulo Paixão explicou esta quinta-feira que o facto de, aparentemente, a transmissão estar a acontecer apenas quando há um contacto estreito ou íntimo é uma boa notícia. Porém, o desconhecimento da ligação dos casos entre Inglaterra e Portugal ou até a ausência de informações sobre a cadeia de transmissão podem gerar alguma preocupação.
Em entrevista à SIC Notícias, referiu que a mortalidade clássica desta infeção é cerca de 10%. “Mas aqui há um pormenor”, sublinhou. “Há duas variantes em África: uma no centro africano que é mais grave e, aparentemente esta [a circular na Europa] é causada por outra [variante] mais ligeira.”, referiu.
O virologista enumerou os sinais “básicos” de alerta: febre, gânglios aumentados (seja no pescoço, debaixo dos braços, etc) e o aparecimento de lesões na pele (lesões que podem “lembrar um pouco a varicela”).
Quem apresentar estes sintomas, deve dirigir-se ao médico e, se se confirmar que se trata de varíola dos macacos, tem que ficar em isolamento, normalmente, até as lesões cutâneas começarem a cicatrizar.
Ontem, a Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou que foram confirmados mais nove casos de infeção humana pelo vírus Monkeypox em Portugal, subindo para 14 o total de casos confirmados.
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