A partir da próxima semana, passa a haver mais laboratórios espalhados por todo o país onde é possível marcar um teste PCR prescrito pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). A lista de locais de colheita passa a incluir os laboratórios de universidades e politécnicos que, até agora, não tinham autorização para fazer estes testes comparticipados pelo Estado e sem custos para os utentes. Com esta alteração, passará a ser possível realizar quase mais 13 mil testes PCR por dia em todo o país.
“Estamos a fazer esforços para estarmos operacionais a partir de segunda ou terça-feira. Já na próxima semana será possível fazer mais 10 mil testes PCR por dia e a capacidade poderá ir até 12.500 diários”, assegura ao Expresso Nuno Marques, coordenador da Rede de Laboratórios Científicos para Situações de Emergência e Riscos de Saúde Pública, após a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde que alarga agora a estes laboratórios a possibilidade de fazerem PCR comparticipados.
A rede vai disponibilizar em breve um site com a lista de todos os pontos de colheita onde os utentes se podem dirigir. Isto significa que quem recebe os códigos para realizar um teste PCR, prescrito pela linha SNS24 ou por um médico de saúde pública, poderá recorrer a mais locais de colheita para o fazer. Com números recordes de novas infeções no país, a marcação de um teste PCR num curto intervalo de tempo estava a tornar-se impossível.
No distrito de Lisboa, esta semana, muitos laboratórios privados já não tinham vagas para testes PCR antes do dia 11 de janeiro. Ao aumentar a lista de locais onde é possível realizar um PCR, cresce a capacidade de resposta, necessária numa altura em que o número de infeções deverá continuar a crescer.
A introdução destes laboratórios académicos na lista só foi possível com a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde que cria um “regime excecional e transitório” para que também estes centros sejam incluídos na capacidade de testagem nacional – e que entra em vigor este sábado. O mesmo já tinha acontecido para a realização de testes rápidos de antigénio comparticipados, permitida num despacho do Ministério da Saúde a 27 de dezembro.
O Expresso avançou esta sexta-feira, na sua edição impressa, que o Governo estava a resolver o problema, criando a possibilidade de estes laboratórios serem incluídos.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL