Pouco depois das 23h, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou que todas as frentes do incêndio continuam activas. O número de vítimas mortais subiu para 62, referiu ainda.
Durante a tarde, o primeiro-ministro informou que tinha havido um “registo duplicado”. Estavam assim confirmadas 61 mortos mas António Costa avisou que era provável que o número voltasse a subir.
Ainda antes, o Governo tinha actualizado o número de vítimas mortais para 62, por volta das 13h00 de hoje, dia 18 de Junho.
É uma das maiores tragédias em Portugal dos últimos 50 anos, provocada por um incêndio. A Polícia Judiciária afastou entretanto a hipótese de origem criminosa do incêndio.
Entre as vítimas mortais, 30 foram encontradas em carros na estrada que leva ao IC8. Outras 17 pessoas foram encontradas na estrada, fora das viaturas ou à beira da via. Dez pessoas foram encontradas mortas em ambiente rural. Outras três morreram por inalação de fumos, revelou o secretário de Estado Jorge Gomes às 10h00 de hoje, junto ao posto de comando, em Pedrógão Grande.
Dada a dificuldade em chegar a todos os locais onde já passou o fogo, o governante admite que este número possa vir a aumentar.
Começa-se a conhecer os nomes das vítimas; os contactos com vizinhos ou familiares revelam o pior dos cenários. O país está de luto e a comunidade internacional manifesta o seu profundo pesar. Há crianças entre as vítimas. O Papa reza e pede para rezarem por Portugal.
O autarca de Pedrógão Grande lança críticas a especialistas, enquanto que especialista acredita que teria sido possível evitar uma tragédia tão grande. Paulo Fernandes, engenheiro florestal e professor no Departamento de Ciências Florestais da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, acredita que pelo menos teria sido possível minimizar a sua dimensão, se tivessem encerrado as estradas a tempo e horas.
Espera-se agora que o rápido auxílio prestado aos feridos possa resultar no não aumento de mais mortes e que a ajuda internacional chegue rapidamente, porque todos os meios são necessário para pôr fim às quatro frentes activas que ainda lavram com enorme fúria.
Até ontem à noite, nos incêndios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos estavam confirmadas 19 vítimas mortais, das quais dezasseis encontravam-se dentro de viaturas que foram apanhadas pelas chamas e outras três estavam junto a um cemitério e terão morrido por inalação de fumo, segundo informações do secretário de Estado Jorge Gomes.
“Dos 14 civis feridos, dez estão em estado grave e há duas pessoas desaparecidas, afirmou aos jornalistas pelas 23h30 de hoje dia 17 de Junho.
O fogo deflagrou ao início da tarde na zona de Escalos Fundeiros, pouco antes das 15 horas. Ainda está em curso o combate às chamas com 700 homens no terreno. As chamas atingem os concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, com quatro frentes de fogo ativas, duas delas com grande violência.
Jornal POSTAL lamenta as vítimas e saúda a coragem dos bombeiros
Neste momento dramático para o país, o jornal POSTAL lamenta a perda de 57 vidas humanas já conhecidas e as dezenas de feridos. Às famílias e amigos das vítimas mortais, expressamos o nosso profundo pesar e a nossa solidariedade com as populações afectadas.
Aos bombeiros e aos populares que se organizam para fazerem face a este flagelo, saudamos a coragem de todos.
Em detrimento dos perigos para as suas vidas, os bombeiros merecem o nosso maior respeito pela enorme coragem e pelo trabalho inesgotável que desempenham no combate aos incêndios.
TODOS OS DIAS DO ANO – OBRIGADO BOMBEIROS!!!