Portugal registou 6.035 novos casos de infeção com o novo coronavírus e 76 mortes associadas à doença covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Este é o terceiro dia consecutivo em que os casos se contabilizam acima dos seis mil.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 3.381 mortes e 217.301 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 88.854 casos, mais 3.410 do que no sábado.
O maior número de novos casos diários de infeção com o SARS-Cov-2 foi registado na sexta-feira, com 6.653 casos.
Norte ultrapassa a barreira dos 4 mil infetados
O Norte registou o maior número dos novos casos, ultrapassando a barreira dos 4 mil infetados (4.002) em 24 horas. Foi também nesta região onde morreram mais pessoas, 44 das 76.
Em Lisboa e Vale do Tejo, verificaram-se 1.137 novos casos e 19 mortos.
Os restantes 13 óbitos aconteceram na região Centro (11), com mais 713 casos, e no Algarve (2), com mais 58 casos.
Nas últimas 24 horas, o Alentejo não registou mortes associadas à covid-19 entre os 72 novos casos reportados. Nas regiões autónomas de Madeira (mais sete casos) e Açores (mais 26 casos), também não se registaram vítimas mortais.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico revela que estão internadas 2.929 pessoas (mais 131 do que no sábado), das quais 415 em cuidados intensivos (mais dois doentes).
A DGS refere também que as autoridades de saúde têm em vigilância 94.604 contactos, mais 2.668 em relação a sábado, e que foram dados como recuperados, nas últimas 24 horas, mais 2.549 doentes, num total de 125.066 desde o início da pandemia, em março.
Totais revelam a existência de 2.929 doentes em camas hospitalares (mais 131 no último dia) e 415 em unidades de cuidados intensivos (mais 2)
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, com o maior número de infeções entre os 20 e os 59 anos.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 98.177 homens e 119.124 mulheres. Entre as vítimas mortais estão 1.725 homens e 1.656 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.313.471 mortos resultantes de mais de 54 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Sobre os casos por concelho, a DGS deixou esta segunda-feira (dia 2 de novembro de 2020) de os divulgar. Recorda-se que eram atualizados só às segundas-feiras.
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Os casos Covid-19 no Algarve
Ao que o POSTAL apurou até 12 de novembro, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 3803 (DGS apresenta hoje 3.954, mais 58), com 39 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 34).
Até à data de quinta-feira, dia 12 de novembro, os concelhos de Faro [223], Portimão [215], Loulé [186] e Albufeira [149] apresentavam o maior número de casos ativos confirmados [ver quadro].
O número de casos ativos e de recuperados por concelho estão no gráfico a cima.
Lamentavelmente, DGS e ainda uma maioria das autarquias algarvias deixaram de publicar regularmente os números Covid-19 por concelho de casos, o que dificulta perceber a evolução diária na região.
Estes dados baseiam-se nas informações disponíveis da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias que disponibilizam essa informação, quer oficialmente, quer oficiosamente.
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África com mais 268 mortos e 14.869 infetados nas últimas 24 horas
Mais 268 mortos relacionados com a covid-19 foram registados nas últimas 24 horas em África, região que totaliza agora 1.963.702 infetados (mais 14.869), de acordo com dados oficiais.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o novo coronavírus já provocou 47.104 mortos nos 55 Estados-membros da organização.
O número de recuperados é agora de 1.657.142, mais 10.319 do que na véspera.
O maior número de casos de infeção e de mortos regista-se na África Austral, com 838.157 infeções e 21.758 mortos por covid-19. Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza um total de 749.182 casos de infeção e 20.206 mortes.
O Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, registando um total de 626.366 pessoas infetadas e 16.733 mortos.
Na África Oriental, há 237.552 casos e 4.630 vítimas mortais; na África Ocidental, o número de infeções é de 197.412, com 2.816 vítimas mortais; e a África Central regista 62.215 casos e 1.167 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.442 mortos e 110.547 infetados, seguindo-se Marrocos, que contabiliza 4.697 vítimas mortais e 288.211 casos de infeção.
Entre os seis países mais afetados estão também a Argélia, com 67.663 infeções e 2.153 mortos, a Etiópia, que regista 102.321 casos de infeção e 1.565 vítimas mortais, e a Nigéria, com 64.996 infetados e 1.163 mortos.
Em relação aos países africanos que têm o português como língua oficial, Angola regista o maior número de mortos, 322 óbitos e 13.374 casos e Moçambique tem o maior número de casos, 14.340 casos e 110 mortos.
Os restantes quatro são Cabo Verde (102 mortos e 9.780 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.104 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.419 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 963 casos).
Pandemia já infetou mais de 54 milhões de pessoas em todo o mundo
A doença covid-19 já infetou mais de 54.001.750 pessoas e provocou a morte de pelo menos 1.313.471 indivíduos desde que surgiu no final de dezembro de 2019, de acordo com um balanço efetuado hoje pela agência noticiosa AFP.
Dos valores apresentados no balanço, pelo menos 34.599.700 de pessoas já foram consideradas curadas, embora o número de casos diagnosticados reflita apenas uma fração do número real de infeções, uma vez que alguns países testam apenas casos graves, outros dão prioridade aos testes de rastreamento e muitos países apresentam uma capacidade limitada de testagem.
No sábado, foram registados em todo o mundo 9.246 mortes e 607.998 novos casos de contágio, com os Estados Unidos (1.351), Brasil (921) e México (635) a serem os países que contabilizaram um maior número de novos óbitos nos seus relatórios mais recentes.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, tanto em mortes como em casos, com 245.614 pessoas a falecerem devido à doença em 10.905.598 casos, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins, que anuncia 4.148.444 pessoas já curadas.
O Brasil (165.658 mortes e 5.848.959 casos), a Índia (129.635 óbitos em 8.814.579 infeções), o México (98.259 mortes em 1.003.253 contágios) e o Reino Unido (51.766 mortos, num total de 1.344.356 casos) são os países que figuram no topo dos mais afetados, a seguir aos Estados Unidos.
Entre as nações mais atingidas, a Bélgica é a que apresenta um maior número de óbitos em comparação com a sua população, com 123 mortes por cada 100.000 habitantes, secundado por Peru, com 107, Espanha, com 87, e Argentina, com 78.
A China, no qual não se incluem os territórios de Hong Kong e Macau, contabiliza oficialmente um total de 86.338 casos, acrescentando 13 nas últimas 24 horas, incluindo 4.634 mortes e 81.319 recuperações.
A América Latina e Caraíbas totaliza 423.176 mortes em 12.023.640 casos pelas 11:00 de hoje, sendo a região mais afetada em todo o mundo, seguida pela Europa, com 334.968 mortes (14.432.068 casos), Estados Unidos e Canadá, com 256.487 óbitos (11.195.957 contágios), Ásia (181.799 mortes em 11.440.026 casos), Médio Oriente (68.991 óbitos em 2.913.735 infeções), África (47.109 mortes e 1.966.317 casos), e Oceânia (941 óbitos em 30.008 casos).
Especialistas apontam ‘sintomas’ na comunicação e prescrevem ‘receita’ a governo e DGS
A comunicação institucional sobre a covid-19 foi uma das derradeiras ‘vítimas’ do vírus SARS-CoV-2, expondo o Governo e a Direção-Geral da Saúde (DGS) à crítica e à acusação de responsabilidade no agravamento da pandemia em Portugal.
Nas últimas semanas, com o aumento de casos e óbitos e uma intensificação da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a comunicação sobre a covid-19 ficou debaixo de fogo, entre acusações de desorientação, restrições e exceções, recriminações ou simples ineficácia. Ato contínuo, o primeiro-ministro, António Costa, assumiu na quinta-feira a responsabilidade: “A culpa é toda minha. O mensageiro transmitiu mal a mensagem”.
O reconhecimento de falhas pelo líder do governo pode marcar o início de uma nova ‘terapêutica’ ao nível da comunicação sobre a covid-19 e simboliza também a perceção de alguns erros que foram cometidos, em especial no último mês. De acordo com especialistas de comunicação ouvidos pela Lusa, a expectativa passa pela concretização de uma ideia fundamental: voltar a envolver os portugueses no cumprimento das medidas de prevenção.
“Ao ter feito um ‘mea culpa’, o primeiro-ministro abriu uma janela de oportunidade e de entendimento, porque as pessoas lidam mais facilmente com a verdade do que com a falta de confiança”, afirmou à Lusa Margarida Pinto da Fonseca, gestora da consultora de comunicação S Consulting, especializada na área da saúde, para quem é necessário “procurar a coesão através do diálogo”.
A última mensagem de António Costa foi também importante para atenuar a ideia de “comunicação negativa” que, segundo Rui Gaspar, professor na Universidade Católica e psicólogo com especialidade em comunicação de crise, estava a criar-se com uma “culpabilização das pessoas”, que as “leva a não aderir às recomendações” das autoridades.
“As pessoas têm todo o direito a sentir-se cansadas, e devemos reconhecer o cansaço e o direito ao cansaço. Mais do que culpabilizar as pessoas pelo relaxamento, importa ouvir as pessoas sobre as barreiras que enfrentam no seu dia a dia para implementar os comportamentos que são pedidos”, explicou, acrescentando: “Quando envolvemos as pessoas na própria comunicação, a garantia de sucesso e a adesão serão maiores”.
Uma visão partilhada por Andreia Garcia, diretora da consultora de comunicação em saúde Miligrama, ao vincar que a “comunicação obriga a que os destinatários se envolvam no ato comunicativo” e que atualmente existe uma “confusão” entre informação e comunicação.
“Em contextos de emergência pública, como o que se vive, não se pode esperar que modelos de comunicação lineares, assentes apenas e unicamente na transmissão de informação, possam promover a mudança de comportamentos. O problema não reside na ausência de informação, mas na incapacidade de envolver e ouvir a população”, sintetiza a consultora e docente na Escola Superior de Comunicação Social.
Entre as principais críticas ao modelo de comunicação adotado está a junção da vertente técnica, pela DGS – habitualmente com Graça Freitas -, e a política, através do governo, nomeadamente pela ministra Saúde, Marta Temido. Uma situação que “não é desejável”, no entender de Rui Gaspar, que defendeu que “a comunicação técnica e a comunicação política devem ser separadas” pelo risco da “perceção de que não são duas entidades” a comunicar.
“Quando a vertente técnica não é distinguível da vertente política, isso será sempre um problema”, notou o académico, que tem igualmente prestado consultoria à DGS ao longo da pandemia, reiterando que a “comunicação deve ser feita por técnicos”, mas que isso “não é só comunicar informação epidemiológica e números, é também ter um lado empático e mostrar às pessoas que o que estão a fazer estão a fazê-lo bem”.
“Mais do que enumerar estatísticas é necessário identificar os públicos prioritários, as mensagens mais adequadas a esses públicos e os canais que são importantes para alcançar os objetivos propostos”, reforçou Andreia Garcia, que sustentou ainda que esses canais “podem não ser as conferências de imprensa” que passaram de diárias a trissemanais.
E se os números dizem muito sobre a propagação da covid-19 em Portugal, ao fim de oito meses de pandemia, podem também enunciar um outro risco menos quantificável, mas igualmente perigoso: a dessensibilização e o alheamento das pessoas face às estatísticas.
“Há muitos meses que isso já está a acontecer, há um efeito de ‘numbness’ [entorpecimento]. E quando começamos a comunicar muito em números deixamos de vê-los como pessoas. 30, 40 ou 50 mortos deixam de ser pessoas com famílias, que tinham as suas vidas e foram afetadas por esta situação”, referiu Rui Gaspar, que apontou como alternativa a referência a “exemplos concretos” e a atribuição de um “significado emocional” aos números.
Para Margarida Pinto da Fonseca, outro fator que comprometeu a eficácia da comunicação foi a mudança do contexto político. Se na primeira vaga foi enfatizado o clima de consenso em torno das medidas adotadas, a segunda vaga ocorreu com fraturas claras entre os diversos agentes políticos e sociais, com consequências para a recetividade da mensagem.
“A união que caracterizava a atitude das várias autoridades acabou, e os setores estão cada vez mais afastados a lutar cada um por si e pelos seus interesses”, frisou, sublinhando: “Era importante haver uma espécie de consenso entre as várias partes, inclusivamente uma consulta com os media, para se perceber como é que em conjunto vamos continuar a disseminar uma mensagem que se está a tornar oca”.
Os especialistas ouvidos pela Lusa apontam também a urgência de adequar a mensagem aos diferentes públicos, traçando uma diferença para o que se verificou na primeira vaga, em que o desconhecimento e a perceção de risco eram globais; agora, já se sabe mais sobre o novo coronavírus e diferentes grupos da população olham para o SARS-CoV-2 de forma distinta.
“A comunicação não pode ser um ato generalizado que funciona em todos os contextos, para todos os públicos, em simultâneo”, declarou Andreia Garcia, secundada por Margarida Pinto da Fonseca: “A complexidade do vírus e a forma irregular como se comporta acarretam uma especial necessidade de segmentar as mensagens”.
Defensor de uma comunicação mais “proativa” e voltada para cenários futuros, Rui Gaspar considerou ainda que “a comunicação social não deve ser neste momento o principal mediador, mas sim as estruturas locais”, com “microinfluenciadores” e um plano estratégico de comunicação a um nível mais regional ou mesmo para os concelhos de maior risco.
Outro caminho para chegar às pessoas pode estar nos cuidados de saúde primários, uma vez que, para Andreia Garcia, é no médico de família que está “a principal fonte de informação para um doente”, principalmente nos grupos de risco. Nesse sentido, apelou à “integração de profissionais de comunicação nos órgãos de decisão” dos agrupamentos de centros de saúde.
“Têm de ser encontrados canais e parcerias estratégicas, até a nível tecnológico, para chegar a públicos diferentes. É importante perceber onde as pessoas vão agora buscar a informação e em quem é que confiam. Este é um passo fundamental, mas envolve a humildade de quem está a trabalhar a mensagem”, sentenciou Margarida Pinto da Fonseca.
Eliminados pelo Facebook cerca de 7 milhões de conteúdos nocivos no 2.º trimestre
O Facebook, no âmbito do combate à desinformação sobre a covid-19, eliminou sete milhões de mensagens que poderiam causar dano físico, no segundo trimestre, de acordo com os dados mais recentes da rede social.
Neste período, etiquetou com mensagens de advertência 98 milhões de peças de desinformação ligadas à pandemia.
“Graças à nossa rede global de verificadores, entre abril e junho, etiquetámos com mensagens de advertência 98 milhões de peças de desinformação ligadas à covid-19 e eliminámos outros sete milhões cujo conteúdo poderia ter derivado em danos físicos”, afirmou em agosto um porta-voz do Facebook, citado pela Efe.
Além disso, a rede social direcionou “mais de 2.000 milhões de pessoas para recursos de autoridades de saúde” e, quando alguém pretende partilhar um ‘link’ (ligação) sobre a covid-19, o Facebook mostra “uma mensagem que permite conexão com informação confiável”, disse, na altura, a mesma fonte.
Em outubro último, David Agranovich, responsável global de interrupção de ameaças do Facebook, afirmava, numa conferência ‘online’, que a maioria das campanhas de desinformação relacionadas com a covid-19 usa a pandemia apenas como um chamariz para captar a atenção dos utilizadores, que acabam, por vezes, por seguir páginas com outro tipo de conteúdos.
Sempre que é detetada uma informação falsa sobre a pandemia, o Facebook elimina-a.
Por exemplo, no mês passado, a rede social fechou a página de um partido político nacionalista da Nova Zelândia, dois dias antes das eleições, por difundir notícias falsas sobre a pandemia do novo coronavírus.
“Não estamos dispostos a permitir” que sejam “partilhadas informações falsas nas nossas plataformas sobre a covid-19 que possa causar danos físicos iminentes”, disse, ana altura, um porta-voz do Facebook.
Desde o início da pandemia, a rede social mostrou-se proativa no combate à desinformação ligada à covid-19, o que não a impede de ser alvo de críticas de muitas organizações, que consideram o Facebook um ‘palco’ de disseminação de informação falsa ou incorreta.
Por exemplo, a plataforma de cidadania mundial Avaaz apontava, em agosto, que o algoritmo do Facebook tinha “ajudado” a que as redes que difundem desinformação sobre saúde alcançassem 3.800 milhões de visualizações estimadas durante o último ano.
Em 17 de março, a rede social liderada por Mark Zuckerberg informou que estava focada em três áreas principais no âmbito da pandemia: conectar as pessoas com informações precisas e recursos úteis, limitar a desinformação e o conteúdo nocivo e apoiar os especialistas de saúde, a nível global.
Cerca de 10 dias depois, o Facebook anunciava a disponibilização em Portugal do seu Centro de Informação sobre a covid-19 (Covid-19 Information Center), que inclui atualizações em tempo real, e a doação de um milhão de dólares à rede internacional de verificação de factos (‘International Fact-Checking Network) para expandir a presença no WhatsApp, para que as pessoas pudessem submeter rumores que encontrem aos “‘fact-checkers'”.
Em maio, a rede social já tinha direcionado mais de 2.000 milhões de pessoas para recursos das autoridades de saúde do seu Centro de Informação Covid-19 e ‘pop-ups’ no Facebook e no Instagram, segundo a quinta edição do Relatório de Aplicação dos Padrões da Comunidade.
Em junho, começou a partilhar informação sobre Portugal e outros países no mapa de sintomas da covid-19, lançado em abril apenas para os Estados Unidos da América (EUA), que resulta de inquéritos aos seus utilizadores.
Além do combate à desinformação sobre a covid-19, o Facebook garante estar a ‘batalhar’ em outras frentes como o discurso do ódio, terrorismo, assédio, entre outros temas.
No que respeita ao bloqueio de contas falsas, o número desceu de 1,7 mil milhões no primeiro trimestre deste ano para 1,5 mil milhões no segundo trimestre.
“Continuamos a melhorar a nossa capacidade de detetar e bloquear tentativas de criar contas falsas. Estimamos que o nosso sistema de deteção nos ajude a prevenir milhões de tentativas de criar contas falsas todos os dias”, refere o Facebook no seu último relatório, que aponta para uma diminuição desde o primeiro trimestre de 2019.
ASAE abre 8 processos em ação de fiscalização junto de superfícies comerciais
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou uma ação de fiscalização das medidas impostas pelo estado de emergência junto de estabelecimentos comerciais de que resultaram oito processos de contraordenação relacionados sobretudo com lotação e distanciamento físico.
A operação de fiscalização no sábado, que envolveu cerca de 35 inspetores, centrou-se essencialmente em lojas inseridas em centros comerciais e grandes superfícies comerciais, nomeadamente supermercados, hipermercados, restaurantes e similares.
Em comunicado, a ASAE adianta que foram fiscalizados 48 agentes económicos de que resultaram oito processo de contraordenação com a falta de observância das regras de lotação, ocupação, permanência e distanciamento físico a constituírem as principais infrações.
Com esta operação, realizada ao longo deste sábado, a ASAE visou garantir o cumprimento integral das medidas decretadas no âmbito do estado de emergência em relação às regras de lotação e ocupação nos diversos estabelecimentos comerciais.
Portugal está em estado de emergência desde 09 de novembro, que se prolonga até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
No último Conselho de Ministros, em que foi decidido prolongar até 23 de novembro o estado de emergência, o Governo determinou que durante o fim de semana os estabelecimentos comerciais podem apenas estar abertos entre as 08:00 e as 13:00.
As únicas exceções contemplam casos restritos como farmácias, clínicas e consultórios, estabelecimentos de venda de bens alimentares até 200 metros quadrados com porta para a rua e bombas de gasolina.
Sobe para sete o número de mortos no lar do Pego, em Abrantes
Sete mortos é o novo balanço do surto de covid-19 na Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas (ERPI) do Pego, no concelho de Abrantes (Santarém), disse hoje a Câmara local.
Numa nota de pesar às famílias afetadas, publicada na página oficial na rede social Facebook, o presidente da Câmara de Abrantes, no distrito de Santarém, Manuel Jorge Valamatos, confirmou a existência de sete mortes relacionadas com a covid-19 na ERPI do Pego.
“De acordo com as autoridades de saúde, estes óbitos reportam-se a pessoas com idade avançada e com outras doenças associadas”, pode ler-se.
Para Manuel Jorge Valamatos, “esta pandemia é um inimigo imprevisível e incontrolável”.
“Peço por isso, mais uma vez, para que a nossa comunidade adote escrupulosamente todas as recomendações das autoridades de saúde. É fundamental que todos cumpramos com a nossa parte, protegendo-nos mutuamente e especialmente aqueles que se encontram numa situação de saúde mais débil”, realça ainda.
A delegada de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, Maria dos Anjos Esperança, tinha adiantado na sexta-feira à Lusa a existência de 15 pessoas internadas e cinco óbitos, a que se juntam mais duas mortes confirmadas hoje pela autarquia.
Com 65 utentes e 71 funcionários, a ERPI regista até hoje 80 pessoas infetadas.
Além dos 80 infetados na ERPI em Pego, houve registo de mais um caso positivo esta semana numa outra valência do Centro Social do Pego.
“No centro de dia do Centro Social do Pego foram testados todos os utentes e funcionários e um profissional acusou positivo”, disse a delegada de saúde, tendo referido que as autoridades iriam “proceder à desinfeção do centro de dia para que possa depois reabrir”.
Maria dos Anjos Esperança disse ainda à Lusa que um outro surto foi identificado no concelho de Abrantes, numa casa de acolhimento em Carvalhal, e que afeta neste momento 18 pessoas, entre utentes, profissionais e proprietários do espaço.