Portugal registou nas últimas 24 horas mais três mortes relacionadas com a covid-19 e 646 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
Os dados divulgados hoje mostram que o número de novos casos aumentou em dois terços nas últimas 24 horas, passando de 388 para 646.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 1.849 mortes e 61.541 casos de infeção, adianta o relatório diário da DGS sobre a situação epidemiológica da covid-19 no país.
Das três mortes, duas foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma na região Norte.
Em vigilância permanecem 35.151 contactos, mais 685 do que na terça-feira.
Número de casos diários
é o mais elevado desde 20 de abril
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 290 novos casos, contabilizando 31.563 e 689 mortes desde o início da pandemia.
A região Norte regista hoje mais 276 casos, somando agora um total de 22.325, com 852 mortos.
Na região Centro, foram observados mais 40 casos nas últimas 24 horas, totalizando 5.044 infeções e 254 mortos, adiantam os dados da Direção-Geral da Saúde.
O Alentejo registou mais 23 infeções pelo SARS-Cov-2, o coronavírus que provoca a doença covid-19, somando agora 1.021 casos e 22 mortos.
De acordo com os dados, a região do Algarve soma hoje mais 15 casos, totalizando 1.186 infeções e 17 mortes desde o início da pandemia.
A Região Autónoma dos Açores notificou mais um caso, o que perfaz no total 228 infeções e 15 mortos.
A Madeira também registou hoje um novo caso, contabilizando 174 infeções de covid-19 e nenhum óbito.
A DGS avança também que nas últimas 24 horas 138 doentes recuperaram, totalizando 43.284 pessoas dadas como recuperadas desde o início da pandemia em Portugal.
O número de internados desceu para 391 (menos três) e o de doentes em internamento nas Unidades de Cuidados Intensivos subiu para 52 (mais dois).
Número de novos casos é o mais alto em quase cinco meses (desde 20 de abril, quando se registaram 657 novos infetados), muito superior à média dos últimos sete dias (378,8). No entanto, o número de óbitos continua estável (e corresponde exatamente à média dos últimos 30 dias)
– Expresso
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus afetou em Portugal pelo menos 27.744 homens e 33.797 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 930 eram homens e 919 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 898.503 mortos e infetou mais de 27,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
———————————————————
Casos ativos em Loulé representam mais de um terço dos casos do Algarve
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados, até esta segunda-feira, elevava-se a 1164 (DGS apresenta hoje 1.186), com 19 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza apenas 17).
À data de segunda-feira, dia 7, a região do Algarve apresentava 259 casos ativos de doentes com Covid-19 e 886 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
LOULÉ com 94 (36% do total),
ALBUFEIRA com 45 (17%),
FARO com 29 (11%) e PORTIMÃO com 27 (10%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são: Lagoa e São Brás de Alportel com 6 cada um, Tavira com 5, Vila do Bispo com 3, Vila Real de Santo António com 2 e Alcoutim com 1.
Os concelhos de Aljezur, Castro Marim e Monchique continuam a não registar qualquer caso ativo.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
Algarve tem três doentes internados nos cuidados intensivos
No espaço de 8 dias, o número de internados manteve-se, mas desta vez, dos oito existentes, três estão internados nos cuidados intensivos, informou a Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro, na passada sexta-feira.
São agora referidos 1148 casos Covid-19 confirmados, mais 94 do que a semana passada, dos quais já 286 ativos, mais 41.
O número de altas subiu para 106, mais três, e o número cumulativo de doentes recuperados é agora de 843, o que representa 73,43%.
Esta última atualização semanal (23:59, de 3 de setembro) é referente aos números do Algarve divulgados pela CDPC de Faro.
– VER QUADRO SUPERIOR
O comunicado da CDPC refere ainda que “desde dia 5 de agosto, realizaram-se 147 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, em todos os municípios da Região do Algarve, com o objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19. Albufeira (10), Alcoutim (6), Aljezur (1), Castro Marim (3), Faro (18), Lagoa (7); Lagos (14), Loulé (21), Monchique (2), Olhão (7), Portimão (25), São Brás de Alportel (4), Silves (5), Tavira (16), Vila do Bispo (2) e Vila Real de Santo António (6)”.
Todas as autarquias com responsabilidades na gestão dos cemitérios isentaram, de taxas municipais, os funerais sociais, de forma a agilizar os procedimentos e desbloquear os processos para assegurar uma maior capacidade das morgues.
O comunicado refere ainda que foi “ampliada a capacidade de receção de corpos, nas morgues das Unidades Hospitalares de Faro e de Portimão do CHUA”.
Desta vez, não foram enviados para as redações os gráficos, que indentificavam os números ativos por concelhos e a evolução do número de casos confirmados.
RELACIONADO:
Confirmadas duas mil crianças com menos de 10 anos com covid-19 em Portugal
Convívio com gatos pode aumentar imunidade contra a covid-19
E AINDA:
Por favor, não compre Pugs, Shitzu e Buldogues
Curiosidade: O que significa ter uma fita amarela na trela do cão?
Vídeo reproduz em humanos o sofrimento causado por fogos de artifício em animais
Saiba como proteger os cães do barulho do fogo de artifício
DIARIAMENTE, AS NOTÍCIAS MAIS RELEVANTES SOBRE COVID-19 POR ORDEM CRONOLÓGICA:
Mais de 898 mil mortos e 27,6 milhões de infetados em todo mundo
O novo coronavírus já causou a morte de mais de 898 mil pessoas e infetou mais de 27,6 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, já morreram pelo menos 898.503 pessoas e 27.631.550 foram infetadas em 196 países e territórios desde o início da pandemia de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 18.332.900 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.
Nas últimas 24 horas foram registadas 4.802 novas mortes e 228.717 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são a Índia com 1.115 novas mortes, México (703) e Brasil (504).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 189.698 mortes e 6.328.054 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.359.111 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Brasil com 127.464 mortes e 4.162.073 casos, Índia com 73.890 mortes (4.370.128 casos), México com 68.484 mortes (642.860 casos) e Reino Unido com 41.586 mortes (352.560 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.146 casos (dois novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhum novo) e 80.347 recuperações.
A América Latina e as Caraíbas totalizaram 300.132 mortes e 7.910.027 casos, Europa 219.420 mortes (4.294.551 casos), Estados Unidos e Canadá 198.884 mortes (6.460.551 casos), Ásia 108.767 mortes (6.010.154 casos), Médio Oriente 38.767 mortes (1.610.413 casos), África 31.700 mortes (1.315.647 casos) e Oceânia 833 mortes (30.208 casos).
África com 207 mortos em 24 horas e mais 7.062 novos casos
África registou 207 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, passando a um total de 31.701, em 1.313.219 casos de infeção, de acordo com os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 7.062 novos casos e houve mais 5.484 recuperados, para um total de 1.050.567.
O maior número de casos e mortos continua a registar-se na África Austral, com 691.089 infeções e 16.155 mortos. Só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 640.441 casos e 15.086 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 254.487 pessoas infetadas e 9.115 mortos e na África Ocidental o número de infeções subiu para 165.666 e o de vítimas mortais para 2.483.
Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é de 146.452 e 2.898 mortos, e na África Central estão contabilizados 55.545 casos e 1.050 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.560 mortos e 100.228, seguindo-se a Argélia, com 1.556 mortos e 46.364 casos.
Marrocos contabiliza 75.721 infetados e 1.427 vítimas mortais.
Nos seis países mais afetados estão também a Nigéria, com 55.456 infetados e 1.067 mortos, e a Etiópia, que passou hoje os 60 mil infetados (60.784) e regista 949 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos.
Angola regista 124 mortos e 3.033 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.985 casos), Cabo Verde (42 mortos e 4.400 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.275 casos), Moçambique (28 mortos e 4.647 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 896 casos).
Alemanha regista 1.176 novos casos e 9 vítimas mortais num dia
A Alemanha registou 1.176 novos casos de covid-19 e nove vítimas mortais nas últimas 24 horas, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI).
Desde o início da pandemia de covid-19, o país contabilizou 253.474 casos e 9.338 óbitos.
Houve cerca de 1.500 novos casos considerados curados, em relação ao dia anterior, para um total estimado de 228.000.
Tanto a Renânia do Norte-Vestefália, como a Baviera, superaram os 60 mil casos desde o início da pandemia de covid-19, sendo estes os dois estados federados da Alemanha mais afetados.
Estrangeiros que trabalham em Angola vão cumprir quarentena em casa
Os estrangeiros com visto de trabalho vão poder regressar a Angola e cumprir quarentena em casa, segundo o decreto presidencial n.º 229/20 que atualiza as medidas em vigor na situação de calamidade pública nos próximos 30 dias.
De acordo com o diploma, apesar de Angola manter as fronteiras encerradas para conter a pandemia de covid-19, passam a ser permitidas as entradas e saídas do território de profissionais estrangeiros que prestam serviço em Angola e cidadãos com visto de trabalho, sem carecer de qualquer tipo de autorização.
São também admitidas as viagens oficiais, regresso de cidadãos nacionais e estrangeiros residentes, regresso de cidadãos estrangeiros, entrada e saída de mercadorias e ajuda humanitária, emergências médicas, escalas técnicas, entrada e saída de pessoal diplomático e consular e transladação de cadáveres, desde que a causa da morte não seja a covid-19.
As entradas e saídas de Angola estão dependentes da realização de teste RT-PCR pré-embarque com resultado negativo, efetuado nas 72 horas anteriores à viagem.
O decreto autoriza a retoma gradual de voos domésticos a partir de 14 de setembro e internacionais a partir de 21 de setembro, sendo obrigatória quarentena domiciliar para todos os passageiros, incluindo os estrangeiros não residentes provenientes do exterior, salvo se as autoridades sanitárias considerarem não existirem condições para tal.
Os cidadãos sujeitos à quarentena domiciliar terão de assinar um termo de responsabilidade, considerando-se concluída a quarentena com a emissão do título de alta, após a realização do teste SARS-COV-2 com resultado negativo, que terá de ser feito no mínimo sete dias depois.
Se autoridades sanitárias considerarem não existirem condições para a quarentena domiciliar, nomeadamente distanciamento físico, podem determinar quarentena institucional.
A violação da quarentena domiciliar prevê multas que vão dos 150 a 250 mil kwanzas (206 a 344 euros)
Com a manutenção da cerca sanitária em Luanda até às 23:59 do dia 8 de outubro de 2020, as entradas e saídas desta província, ou de outras onde seja fixada cerca, ficam sujeitas a controlo sanitário, salvaguardando-se a entrada e saída de bens, serviços e ajuda humanitária, entradas e saídas de doentes ou por motivos profissionais, viagens oficiais ou outras a determinar pelas autoridades competentes.
As entradas e saídas por motivos profissionais estão sujeitas à apresentação de guia da entidade patronal que indique o motivo e a duração da deslocação.
República Checa regista recorde de 1.164 infeções diárias
A República Checa registou 1.164 novas infeções por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número de casos diários desde o início da pandemia em março, informou hoje o Ministério da Saúde na sua página oficial na internet.
O país, de 10,6 milhões de habitantes, está no limiar de um “crescimento exponencial” da pandemia, reconheceu o epidemiologista Roman Prymula, representante do Governo para a ciência e investigação, que tem coordenado medidas contra a covid-19 desde a primavera.
Segundo Prymula, o estado atual deve-se ao facto de “não terem sido respeitadas as regras” para conter as infeções, após as restrições de confinamento terem sido amenizadas.
O novo número de casos diários, além de ser um recorde absoluto desde o primeiro surto da pandemia do novo coronavírus no país da Europa Central, representa um forte aumento, de 46 por cento, em relação ao nível máximo até então atingido, que era de 796 (registado na sexta-feira).
Também foi alcançado um recorde no número de infeções ativas no momento, que atualmente passam dos 9.200, embora as autoridades enfatizem que a maioria delas apresenta apenas sintomas leves.
Um total de 234 pacientes com covid-19 estão hospitalizados, 62 deles em estado grave, segundo o Ministério.
Na sua conta no Facebook, a secção checa da Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado na terça-feira para a evolução “preocupante” na República Checa.
O chefe do Executivo de Praga, Andrej Babis, instou a OMS a “calar a boca” depois de “não recomendar as máscaras ou saber que havia uma pandemia” quando apareceu o novo coronavírus.
Hoje, o mesmo escritório da OMS critica a intenção do Governo de Babis de limitar o rastreio de contágios aos casos mais graves.
A falta de pessoal na autoridade saúde no país obrigou o Governo a reduzir este rastreio, decisão que se espera seja anunciada em breve.
Prymula adiantou que qualquer nova medida restritiva contra o novo coronavírus entrará em vigor “dentro de algumas semanas”, por isso estima que o número de infeções diárias permaneça elevado a curto prazo.
A cidade checa mais afetada é Praga, que está na ‘zona laranja’, o segundo pior estado de um sistema de ‘semáforos’ que apresenta três níveis de incidência da doença.
No entanto, a chefe da autoridade de saúde de Praga, Zdenka Jágrová, garantiu à emissora pública “Radiozurnal” que neste momento não é possível falar de um risco geral de contágio comunitário na capital.
Declarações que o Ministério da Saúde relativizou, afirmando que esse risco começa agora a existir.
Hoje entraram em vigor em Praga novas medidas para conter a incidência do vírus, como a obrigatoriedade de uso da máscara em lojas e centros comerciais, bem como o encerramento de restaurantes entre o horário de 00:00 às 06:00.
A República Checa já registou mais de 29.800 casos, 441 mortes e mais de 20.000 recuperados desde o início da pandemia.
China soma 24 dias consecutivos sem casos locais de contágio
A China atingiu hoje 24 dias consecutivos sem registar casos locais de covid-19, já que os dois novos casos diagnosticados nas últimas 24 horas são todos oriundos do exterior, informaram as autoridades.
A Comissão de Saúde da China detalhou que os casos importados foram diagnosticados no município de Xangai e na província de Sichuan.
As autoridades informaram ainda que, nas últimas 24 horas, 12 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país asiático se fixou em 165, incluindo dois em estado considerado grave.
Desde o início da pandemia, a China registou 85.146 infetados e 4.634 mortos devido à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
As autoridades chinesas referiram que 820.397 pessoas que tiveram contacto próximo com infetados estiveram sob vigilância médica na China, das quais 6.606 permanecem sob observação.
Índia regista mais de mil mortos e quase 90 mil casos num só dia
A Índia registou 89.706 casos e 1.115 mortos por covid-19 nas últimas 24 horas, quando o Governo se prepara para reabrir parcialmente as escolas, depois de mais de cinco meses fechadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o número total de casos da Índia chegou aos 4,37 milhões e o de mortes subiu para 73.890.
A Índia é o segundo país com maior número de casos no mundo e o terceiro em mortes, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.
Mais de um milhão de pessoas testaram positivo para o novo coronavírus na Índia em menos de duas semanas.
O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira a reabertura parcial das escolas a partir de 21 de setembro para alunos do 9.º ao 12.º ano, para receberem orientação de professores, mantendo-se ainda a opção do ensino ‘online’.
As escolas encerraram após a Índia impor um bloqueio nacional em 25 de março, que começou a ser aliviado em maio para reativar a atividade económica.
O famoso Taj Mahal, na cidade de Agra, vai reabrir a 21 de setembro, com acesso restrito a cinco mil turistas por dia, para evitar a superlotação.
Estados Unidos com 389 mortos e 25.873 casos
Os Estados Unidos (EUA) registaram 389 mortes provocadas pelo novo coronavírus e 25.873 infetados nas últimas 24 horas, de acordo com uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Desde o ínicio da pandemia, o país contabilizou 189.557 óbitos e 6.325.042 casos de covid-19, segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de terça-feira (01:00 de hoje em Lisboa).
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes, mais de 33 mil, um número superior ao de países como França ou Espanha.
Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.736 pessoas. Seguem-se New Jersey, com 16.120, Texas (13.875), Califórnia (13.813) e Florida (11.919).
Em termos de infeções, a Califórnia lidera a lista, com 743.737 desde o início da pandemia, seguindo-se o Texas, com 672.353, Florida, com 650.092, e Nova Iorque, com 473.078.
Reino Unido vai proibir encontros sociais com mais de seis pessoas
A Inglaterra vai proibir os encontros sociais com mais de seis pessoas, tanto no interior como no exterior, a partir da próxima segunda-feira, tendo em conta o avanço preocupante das infeções por covid-19 nos últimos dias.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fará o anúncio formal na quarta-feira, numa conferência de imprensa, embora os meios de comunicação social já avancem algumas exceções a esta nova regra, que não se aplicará nas escolas, locais de trabalho ou desportos de equipa.
Aqueles que violam a regra arriscam uma multa de 110 euros, que poderá atingir os 3.527 euros, além da dispersão pela polícia.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.584 mortos, mais de 352 mil casos), seguindo-se Itália (35.563 mortos, mais de 280 mil casos), França (30.764 mortos, mais de 335 mil casos) e Espanha (29.594 mortos, mais de meio milhão de casos). Portugal contabilizava ontem 1.846 mortos em 60.895 casos de infeção.
Governo do Brasil diz que vacinação no país começará em janeiro de 2021
O ministro interino da Saúde brasileiro, Eduardo Pazuello, disse ontem que o país dará início à vacinação da população contra o novo coronavírus em janeiro do próximo ano.
A informação foi dada durante uma entrevista feita por uma ‘youtuber’ brasileira de 10 anos que, a convite do Presidente, Jair Bolsonaro, questionou vários ministros do atual executivo.
A criança, chamada Esther, questionou Pazuello que haverá vacina para a covid-19 disponível para todos os brasileiros.
“Esse é o plano. Estamos a fazer os contratos com quem está a fazer a vacina e a previsão é que essa vacina chegue para nós a partir de janeiro. Em janeiro do ano que vem, começaremos a vacinar todo o mundo”, respondeu o ministro interino da Saúde, o militar Eduardo Pazuello.
Já o chefe de Estado, Jair Bolsonaro, voltou hoje a defender a não obrigatoriedade da vacina contra o novo coronavírus no Brasil, assim que estiver disponível.
“Não podemos injetar qualquer coisa nas pessoas e muito menos obrigar. Eu falei, inclusive, que ninguém vai ser obrigado a tomar vacina, e o mundo caiu na minha cabeça. A vacina é uma coisa que, no meu entender, você faz a campanha e busca uma solução. Você não pode amarrar o cidadão e dar a vacina nele. Eu acho que não pode ser assim”, afirmou o Presidente, numa reunião com médicos defensores do uso da hidroxicloroquina no tratamento precoce da covid-19.
Na passada, Bolsonaro já tinha dito que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.
Contudo, em fevereiro deste ano, segundo a imprensa local, Bolsonaro sancionou uma lei que permite a adoção de uma série de medidas face a emergência de Saúde, entre elas a “determinação de realização compulsória de vacinação e outras medidas profiláticas”.
Com cerca de 212 milhões de habitantes e um elevado número de casos de infeção pelo novo coronavírus, o país sul-americano é considerado um laboratório ideal para testar várias potenciais vacinas, com farmacêuticas a procurarem agora verificar a sua eficácia e segurança.
No mês passado, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), organismo tutelado pelo Ministério da Saúde, aprovou o início dos ensaios clínicos no Brasil de uma nova vacina contra a covid-19, a quarta a ser experimentada no país contra o vírus.
A multinacional Johnson&Johnson recebeu autorização para testar a sua vacina em estudos clínicos na fase três (com milhares de pessoas), o que já está a ser feito no Brasil com imunizantes desenvolvidos pelo Reino Unido (AstraZeneca e Universidade de Oxford), China (Sinovac Biotech), e pelo consórcio BioNTech (Alemanha) e Wyeth/Pfizer (Estados Unidos).
Já o governo do estado brasileiro do Paraná informou na semana passada que os testes da última fase de uma futura vacina desenvolvida na Rússia contra a covid-19, denominada Sputnik V, devem ser aplicados no Brasil já em outubro.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,1 milhões de casos e 126.960 óbitos), depois dos Estados Unidos.
Ex-PM italiano Berlusconi diz que está a lutar contra “doença infernal”
O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, 83 anos, que está desde quinta-feira hospitalizado com uma pneumonia bilateral causada pelo novo coronavírus, disse ontem que está a lutar contra a covid-19, que classificou de “doença infernal”.
A partir do Hospital San Raffaele, em Milão, Berlusconi participou, através de um telefonema, num comício eleitoral do candidato do seu partido, Forza Italia, no Vale de Aosta, segundo os órgãos de comunicação social italianos.
A imprensa revela ainda que o ex-primeiro-ministro italiano fez outro telefonema para felicitar os senadores do seu partido e desejar boa sorte aos candidatos de centro-direita nas próximas eleições regionais.
“Estou a lutar para sair desta doença infernal. É muito feio. Aqui em San Raffaele eles fizeram milhares de testes e eu estava no top 5 por causa da força do vírus. Estou a fazer o melhor que posso e espero realmente conseguir e voltar ao bom caminho”, disse o líder da Forza Italia.
E acrescentou: “Estou a fazer tudo o que posso para voltar a liderar a nossa batalha, como sempre, especialmente pela economia, pelo trabalho, contra a opressão fiscal e burocrática, contra a justiça injusta e contra os juízes que fazem política”.
De acordo com o último relatório médico, Berlusconi está a evoluir favoravelmente.
“Podemos ver que o quadro clínico está em constante mudança para melhor. Todos os parâmetros clínicos e hemato-químicos são tranquilizadores”, refere a informação do chefe dos Cuidados Intensivos Gerais e Cardiovasculares no Hospital IRCCS San Raffaele e médico pessoal para o líder da Forza Itália, Alberto Zangrillo.
Também a filha mais velha de Silvio Berlusconi, Marina Berlusconi, 54 anos, presidente do grupo Finninvest, está infetada e isolada em Milão, com o seu marido e filhos.
Segundo fontes da Forza Italia, o ex-presidente e empresário está “calmo”, mas um pouco “aborrecido” devido ao isolamento em que se encontra, numa sala no sexto andar de San Raffaele, onde já foi submetido a algumas operações cardiovasculares.
Berlusconi deu positivo após regressar casa de uma viagem de França, onde visitou Marina, a sua filha mais velha.
Dois dos seus outros filhos, Barbara, 36, e Luigi, 31, bem como a sua atual parceira, a congressista Marta Fascina, 30, também deram positivo no teste do coronavírus.
Reunião de 460 mil ‘motards’ nos EUA pode ter criado 260 mil casos
Os 460 mil ‘motards’ que se reuniram em agosto no Dacota do Sul, de forma indiferente em relação à pandemia do novo coronavírus, originaram 260 mil novos casos de covid-19, estimaram cientistas, num estudo divulgado ontem.
Este número faria desta reunião de ‘motards’, que se prolongou por dez dias, designada Sturgis Motorcycle Rally, o maior evento de propagação do coronavírus documentado até hoje nos EUA.
O estudo, realizado por economistas da Universidade de San Diego e publicado pelo Instituto de Economia do Trabalho (IZA), é uma aproximação estatística fundada em dados anónimos de mobilidade provenientes de telemóveis na e em torno da pequena cidade de Sturgis, uma região rural muito pouco habitada que é invadida todos os anos por um ‘exército’ de motociclistas.
Estes dados permitiram confirmar o número de pessoas que foram acampar, passear, beber, comer e ouvir os concertos, na maior parte sem máscara, durante a 80.ª edição da iniciativa, de 07 a 16 de agosto.
A mesma fonte de informação permitiu também identificar as regiões de origem dos ‘motards’.
Através do cruzamento dos dados geográficos com os números oficiais de casos de covid-19 durante o mês de agosto, os investigadores estimaram a vaga de contágios nascida em Sturgis e propagada por todo o país: 266.796 novos casos, o que representam quase um quinto (19%) dos 1,4 milhões de casos detetados nos EUA entre 02 de agosto e 02 de setembro, com um custo económico estimado de 12,2 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros), na base de um estudo que tinha quantificado cada caso não mortal em 46 mil dólares.
Só no Dacota do Sul, o número de casos subiu ao longo do verão, passando de cerca de 100 novos casos por dia no início de agosto para 300 no final do mês, segundo o Covid Tracking Project, mas o número de mortos permaneceu fraco, com um morto por dia, em média.
Esta análise estatística é apenas uma aproximação, uma vez que ninguém seguiu e testou os motociclistas individualmente.
Por outro lado, não foi publicada por uma revista científica com recurso à leitura por pares, portanto, sem que um cientista independente tenha avaliado a sua metodologia.
Além disso, o número de casos aumentou igualmente em toda a região central dos EUA durante o verão, e não apenas no Dacota do Sul.