Portugal contabiliza hoje mais sete mortos relacionados com a covid-19 e 673 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 1.867 mortes e 63.983 casos de infeção.
A DGS indica que seis mortes foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo e outra na região Norte.
Em vigilância estão 36.398 contactos, mais 343 em relação a sábado.
Nas últimas 24 horas registaram-se mais 14 internamentos e há 452 pessoas com covid-19 internadas nos hospitais, enquanto os doentes nas unidades de cuidados intensivos são menos dois, num total de 57.
Com uma diferença de 100: números acumulados do Alentejo aproximam-se aos do Algarve
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se verifica o maior número de infeções no país, foram notificados 319 novos casos, contabilizando 32.732 e 704 mortes desde o início da pandemia.
A região Norte regista hoje mais 236 casos, somando agora um total de 23.233, com 854 mortos.
Na região Centro registaram-se mais 35 casos, tendo agora 5.228 infeções e 254 mortos contabilizados desde o início da pandemia.
No Alentejo foram registados mais 60 casos de covid-19, totalizando 1.134 casos e 22 mortos até agora.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 20 casos de infeção (1.234 casos e 18 mortes desde o início da pandemia do novo coronavírus).
Na região autónoma dos Açores foram registados mais dois novos casos, somando 238 infeções 15 mortos desde o início da pandemia.
Na Madeira há hoje o registo de um novo caso, contabilizando 184 infeções, sem qualquer óbito até hoje.
Nas últimas 24 horas 175 doentes recuperaram, pelo que 44.069 pessoas já superaram a infeção desde o início da pandemia em Portugal.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 28.894 homens e 35.089 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 941 eram homens e 926 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 921.097 mortos e mais de 28,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Aljezur e Monchique continuam a não registar qualquer caso ativo
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados, até este sábado, elevava-se a 1214 (DGS apresenta hoje 1.234), com 20 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 18).
À data de sábado, dia 12, a região do Algarve apresentava 266 casos ativos de doentes com Covid-19 e 928 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
LOULÉ com 85 (32% do total),
ALBUFEIRA com 51 (19%),
FARO com 29 (11%) e PORTIMÃO com 25 (9%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são: Lagos e Olhão com 9 cada, São Brás de Alportel com 7, Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António com 5, Vila do Bispo com 3 e Alcoutim com 1.
Os concelhos de Aljezur e Monchique continuam a não registar qualquer caso ativo.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
Algarve teve mais 58 casos confirmados nos últimos 8 dias
No espaço de 8 dias, o número de internados manteve-se, mas desta vez, dos oito existentes, dois estão internados nos cuidados intensivos (-1), informou a Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro, esta sexta-feira.
São agora referidos 1206 casos Covid-19 confirmados, mais 58 do que a semana passada, dos quais já 265 ativos, menos 21.
O número de altas subiu para 107, mais uma, e o número cumulativo de doentes recuperados é agora de 921, o que representa 76,37%.
Esta última atualização semanal (23:59, de 10 de setembro) é referente aos números do Algarve divulgados pela CDPC de Faro.
– VER QUADRO SUPERIOR
O comunicado da CDPC refere ainda que “desde dia 5 de agosto, realizaram-se 166 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, em todos os municípios da Região do Algarve, com o objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19. Albufeira (11), Alcoutim (6), Aljezur (1), Castro Marim (3), Faro (18), Lagos (14), Lagoa (7), Loulé (27), Monchique (2), Olhão (7), Portimão (26), São Brás de Alportel (8), Silves (5), Tavira (19), Vila do Bispo (6) e Vila Real de Santo António (6).
O comunicado refere ainda que foi “ampliada a capacidade de receção de corpos, nas morgues das Unidades Hospitalares de Faro e de Portimão do CHUA”.
Todas as autarquias com responsabilidades na gestão dos cemitérios isentaram, de taxas municipais, os funerais sociais, de forma a agilizar os procedimentos e desbloquear os processos para assegurar uma maior capacidade das morgues.
O CDPC de Faro deixou de enviar às redações, desde 3 setembro, os gráficos, que indentificavam os números ativos por concelhos e a evolução do número de casos confirmados.
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Mais de 920 mil mortos e 28,8 milhões de infetados em todo o mundo
A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 920 mil pessoas em todo o mundo e infetou mais de 28,8 milhões, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, já morreram pelo menos 921.097 pessoas e 28.819.490 foram infetadas em 196 países e territórios desde o início da epidemia de covid-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 19.133.300 casos já foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.
Nas últimas 24 horas foram registadas 4.806 novas mortes e 284.827 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são a Índia (1.114), Brasil (814) e Estados Unidos (523).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 193.705 mortes em 6.486.401 casos, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.434.658 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 131.210 mortes para 4.315.687 casos, a Índia com 78.586 mortes (4.754.356 casos), o México com 70.604 mortes (663.973 casos) e o Reino Unido com 41.623 mortes (365.174 casos).
Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 93 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bélgica (86), Espanha (64), Bolívia (63) e Chile (62).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente 85.184 casos (10 novos entre sábado e domingo), incluindo 4.634 mortes (0 novos) e 80.399 recuperações.
A América Latina e o Caribe tiveram um total de 309.317 mortes para 8.229.215 casos, a Europa 221.146 mortes (4.471.410 casos), os Estados Unidos e Canadá 202.916 mortes (6.622.504 casos), a Ásia 114.518 mortes (6.445.438 casos), o Médio Oriente 39.829 mortes (1.671.988 casos), África 32.501 mortes (1.348.379 casos) e Oceânia 870 mortes (30.563 casos).
Quatro utentes infetados de lar de Évora ficam internados
Quatro utentes de um lar ilegal em Évora infetados com covid-19 ficaram internados no hospital da cidade e outros nove tiveram alta, depois de serem avaliados na urgência, disse hoje fonte da unidade hospitalar.
Fonte do Gabinete de Comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) indicou à agência Lusa que, até às 12:00 de hoje, 13 utentes do lar tinham sido transportados para a área dedicada à covid-19 do serviço de urgência.
“Todos os doentes foram avaliados e quatro ficaram internados na enfermaria covid-19”, precisou a mesma fonte, referindo que os outros nove “não têm critério de internamento”, pelo que “aguardam no HESE para voltar para o lar”.
Os utentes do lar começaram a ser transportados para o hospital de Évora no sábado à noite para “confirmação de eventuais critérios de internamento” nesta unidade, segundo a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
A Autoridade de Saúde Pública e o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) revelaram que, do total de 39 pessoas testadas no lar, “até ao momento estão confirmados 29 utentes e sete funcionários positivos” para a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
O primeiro caso positivo detetado neste lar foi o de um idoso que foi transportado, na quinta-feira, para o HESE, onde fez o teste à doença.
Na sexta-feira, foram realizados testes aos restantes utentes e a todos os funcionários do lar, os quais, segundo informou a câmara municipal, no sábado de manhã, resultaram em 39 positivos, nomeadamente 29 idosos e 10 trabalhadores, embora agora a Autoridade de Saúde apenas confirme sete funcionários.
O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, revelou que o lar está ilegal porque se localiza numa zona da cidade cujo plano de urbanização não permite a instalação deste tipo de instituições.
No sábado, as autoridades avaliaram os idosos com covid-19 e as condições da instituição, para decidir sobre uma eventual evacuação do espaço, mas a mesma não se verificou durante o dia, tendo também sido avaliados locais para onde os utentes possam eventualmente ser transferidos.
Em conferência de imprensa, o autarca de Évora anunciou que, além do primeiro caso de covid-19, outro utente do lar também está internado no HESE, ambos em enfermaria, e que “70 anos é a idade média das pessoas” que estão na instituição.
África com 146 mortos e 7.487 novos casos
África registou 146 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, passando a um total de 32.502 em 1.346.658 casos de infeção, de acordo com os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 7.487 novos casos de infeção com o novo coronavírus, metade dos quais no norte de África, e houve mais 7.231 recuperados, para um total de 1.083.438.
O maior número de casos e mortos continua a registar-se na África Austral, que passou hoje as 700 mil infeções (701.396) e regista 16.486 óbitos. Só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 648.214 casos e 15.427 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 269.575 pessoas infetadas e 9.409 mortos e na África Ocidental o número de infeções subiu para 168.020 e o de vítimas mortais para 2.509.
Na região da África Oriental, há 151.501 casos e 2.979 mortos, e na África Central estão contabilizados 56.170 casos e 1.059 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.627 mortos e 100.856, seguindo-se a Argélia, com 1.605 mortos e 48.010 casos.
Marrocos contabiliza 84.435 infetados e 1.553 vítimas mortais.
Nos seis países mais afetados estão também a Nigéria, com 56.177 infetados e 1.078 mortos, e a Etiópia, com 63.888 infetados e 996 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos.
Angola regista 132 mortos e 3.335 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.996 casos), Cabo Verde (44 mortos e 4.711 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.275 casos), Moçambique (35 mortos e 5.040 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 906 casos).
EUA com 705 mortos e 40.418 casos
Os Estados Unidos (EUA) registaram 705 mortes provocadas pelo novo coronavírus e 40.418 infetados nas últimas 24 horas, de acordo com uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Desde o ínicio da pandemia, o país contabilizou 193.539 óbitos e 6.479.157 casos de covid-19, segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de sábado (01:00 de hoje em Lisboa).
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes, mais de 33 mil, um número superior ao de países como França ou Espanha. Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.743 pessoas.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
Surto em lar no Entroncamento fez 28 infetados, um dos quais morreu
Um surto de covid-19 no Lar dos Ferroviários no Entroncamento, distrito de Santarém, fez 28 infetados entre utentes e funcionários, disse ontem a Coordenadora da Unidade de Saúde Pública (USP), acrescentando que há a registar uma morte.
“Até este momento, temos 18 profissionais positivos, num universo de 71, e temos nove utentes [infetados], num universo de 81”, disse à Lusa a Coordenadora da Unidade de Saúde Pública (USP) do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo.
Maria dos Anjos Esperança disse ainda que há a “lamentar o óbito de uma utente, que acusou positivo ao entrar no hospital”.
Este surto “começou há dois dias quando uma utente com febre foi transportada ao hospital, onde viria a falecer, tendo sido diagnosticada com covid-19. A partir daí desenrolou-se toda esta ação de testagem a utentes e funcionários e que revelou que existem hoje 27 pessoas infetadas e que são mais funcionários do que utentes”, afirmou a responsável.
A coordenadora da USP disse ainda que, entre os 27 casos, apenas um está internado, mas devido a outra doença, e todos os outros estão assintomáticos.
Para Maria dos Anjos Esperança, “o número muito reduzido de utentes infetados pode indiciar que os procedimentos postos em prática por todos os funcionários são adequados”.
“O lar tem todas as condições e funciona muito bem, tendo os responsáveis criado duas alas distintas para os utentes com covid e outra ala para os que não estão doentes, pelo que o período de confinamento poderá ser feito naquelas instalações”, disse.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria, realçou a solidariedade manifestada por outras instituições, como o Centro de Ensino e Recuperação do Entroncamento (CERE), que se “disponibilizou para fazer o apoio domiciliário aos utentes e para servir refeições através da cantina social”, a par da própria autarquia, que vai mobilizar alguns elementos formados nesta área para dar apoio aos idosos.
“Este primeiro embate está a ser ultrapassado. Se não surgirem novas situações, as coisas poderão funcionar com alguma normalidade, tendo em conta que a Câmara também vai apoiar em termos de recursos humanos”, disse o autarca.
Além disso, a Segurança Social vai reforçar os recursos humanos do lar com quatro pessoas da Cruz Vermelha, o que vai permitir manter o lar com todos os seus utentes.
Depois dos testes feitos no lar, inicia-se na segunda-feira a testagem a um conjunto de pessoas fora do lar, para se detetar eventuais contágios, nomeadamente pelas funcionárias que faziam o apoio domiciliário.
O surto de covid-19 que surgiu esta semana no Entroncamento está a ter repercussões noutras instituições que decidiram reforçar as suas medidas de prevenção.
A Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento decidiu suspender temporariamente as visitas aos utentes nos quatro polos da instituição: Hospital São João Batista, lar da Santa Casa da Misericórdia e Fernando Pereira Gomes e Unidade de Cuidados Continuados Integrados.
França supera a marca dos 10.000 novos casos
A França ultrapassou a barreira de 10.000 novos casos em 24 horas, um recorde desde o lançamento de testes em grande escala no país, segundo os dados divulgados pelas autoridades francesas.
O número exato de casos confirmados nas últimas 24 horas é de 10.561, contra os 9.406 de sexta-feira, sendo que a taxa de positividade dos testes permanece estável nos 5,4%.
Nas últimas 24 horas, há ainda a registar a morte de 17 pessoas morreram nos hospitais devido à covid-19.
Os pacientes internados em Unidades de Cuidados Intensivos também aumentou, com 417 novos pacientes hospitalizados nos últimos sete dias, dos quais 28 foram nas últimas 24 horas.
No total, 30.910 pessoas morreram de covid-19 desde o início da pandemia em França, há seis meses, e foram feitos 10 milhões de testes.
Diante de uma “manifesta degradação” da situação, o primeiro-ministro, Jean Castex, anunciou na sexta-feira uma redução do período de isolamento para sete dias para casos positivos e os seus contactos.
México supera os 70 mil mortos
O México ultrapassou as 70.000 mortes por covid-19, num momento em que as autoridades do país falam numa desaceleração da pandemia nas últimas semanas.
Atualmente, o México é o quarto país do mundo com mais mortes devido à covid-19, num total de 70.183, depois de Estados Unidos, Brasil e Índia. O país é ainda o sétimo em número de infeções, com 658.299.
O número de mortos supera o inicialmente projetado pelo Governo, embora sempre tenha reconhecido que a epidemia se iria prolongar.
Em abril, em entrevista à agência de notícias Efe, o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde, Hugo López-Gatell, estimou um cenário de 6.000 mortes e em 04 de junho a projeção subiu para 60.000, o que considerou então que seria um cenário “muito catastrófico”.
Este cenário foi atingido em 23 de agosto, pouco mais de dois meses e meio após o país ter iniciado a retomada da atividade económica, período durante o qual foram somadas mais de 50 mil mortes.
A Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estimou em 03 de setembro que o México atingiria 70.000 mortes em 03 de setembro, 103.000 em 11 de novembro e 130 mil em dezembro.
Contudo, esta semana, o Governo mexicano garantiu que os contágios e as mortes pela doença estão a diminuir há várias semanas.
“Felizmente, o número de infeções tem diminuído e, mais importante, o número de mortes. Estamos numa situação melhor, apesar da tremenda tragédia que esta pandemia significa”, disse o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Mas o otimismo das autoridades contrasta com as declarações de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS), que consideram que a magnitude da pandemia no México está subestimada devido ao baixo número de testes.
“No México, os testes são de três por cada 100.000 pessoas, por dia, o que se compara com mais de 150 testes por 100.000 pessoas nos Estados Unidos”, disse o diretor do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Mike Ryan, no final de agosto.
Embora o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde do Governo mexicano aceite que o México é um dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que faz menos testes à covid-19 por 100.000 habitantes, argumentou que isso se deve também a que há menos casos suspeitos.
O governo mexicano recusa-se a realizar vários testes em grande escala, testando apenas as pessoas mais doentes.
O epidemiologista Alejandro Macías disse hoje, em entrevista à Efe, que seria importante aumentar o número de exames e considerou que no México há também uma mensagem contraditória em relação ao uso da máscaras, porque “as principais autoridades não a usam e não há uma campanha de informação”.
Segundo Macias, estas decisões colocam a população em risco e são parcialmente responsáveis por o México ser o país do mundo com mais profissionais de saúde mortos por covid-19, com pelo menos 1.320, segundo um relatório da Amnistia Internacional.
O México está em negociações para garantir acesso a uma futura vacina. Um dos acordos mais promissores é a aliança com a Argentina, a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca para a fabricar e distribuir na América Latina.
A terceira fase do ensaio clínico desta vacina foi hoje retomada, após a reação adversa num dos voluntários.
Macías afirmou que o aproximar da época da gripe sazonal, prevista para outubro, pode complicar ainda mais a situação. Em 2018, 28.000 pessoas morreram de gripe no México, de acordo números oficiais.