Os sindicatos representativos dos médicos consideram que é dececionante a proposta do Ministério da Saúde para ultrapassar os problemas nas urgências, mas o Governo diz que a reunião desta quinta-feira foi só o início do processo negocial.
“Visão mais estreita, mais curta, era impossível”, afirmou Noel Carrilho, da Federação Nacional dos Médicos, à saída da reunião no Ministério da Saúde, em que a proposta foi apresentada pela secretária de Estado da Saúde, Maria de Fátima Fonseca.
Segundo Noel Carrilho, a proposta do Governo é “desapontante” e centrou-se nas horas de urgência “para além do que é definido legalmente, num regime excecional de três meses”.
“Isto não é um problema sazonal”, disse por seu lado Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, para quem a reunião foi uma “deceção total”. “Mais uma vez o Ministério da Saúde não entende que o essencial é contratar médicos, discutir uma carreira médica e uma nova grelha salarial”, afirmou Roque da Cunha em declarações aos jornalistas à saída do encontro.
Já a secretária de Estado não se mostrou surpreendida com o desfecho. “Foi só uma primeira reunião”, disse Maria de Fátima Fonseca, anunciando novo encontro para dia 22 deste mês, próxima quarta-feira. Por seu lado, os representantes sindicais anunciaram que vão trabalhar numa contra-proposta para apresentar em breve.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL