Acrescente crítica à prestação de cuidados de saúde sente-se nos serviços e também entre quem os presta. Só no primeiro trimestre do ano, chegaram à Ordem dos Médicos (OM) 352 queixas contra clínicos.
Os queixosos reclamam e a frustração cresce com a demora na resposta às reclamações. São mais de 1700 os processos disciplinares pendentes em todo o país, quase todos (1327) contra médicos da região Sul.
Desde 2020 — quando as atuais direções assumiram funções nas estruturas disciplinares no Norte, Centro e Sul — foram recebidas quase três mil queixas (precisamente 2983) e dessas 1625 vieram do Sul, que abarca Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira.
E o número de reclamações tem vindo a aumentar nesta região: 540 (no ano 2017), 669 (2018), 704 (2019), 729 (2020), 735 (2021), ou seja, um aumento de 36% neste período; até junho deste ano, registaram-se 371 ocorrências.
Violação do código deontológico, eventual negligência médica ou comportamento profissional incorreto são os principais motivos das participações à OM.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL