Constitui um método para ser usado muito raramente; não substitui uma contracepção eficaz; não é cem por cento segura; deve ser tomada o mais precocemente possível; se houver vómito, nas primeiras horas após a toma, repetir a mesma; se estiver a tomar outros medicamentos, há que ouvir atentamente o que diz o médico e informar-se com o seu farmacêutico sobre a possibilidade de ocorrência de interacções; deve consultar o médico ou fazer um teste de gravidez quando à suspeita de gravidez; se o seu farmacêutico lhe colocar um conjunto de perguntas quando for adquirir a pílula do dia seguinte, responda-lhe sem resistência e com verdade porque as questões que ele lhe coloca fazem parte de um protocolo destinado a garantir a segurança deste método; nesta situação, como em tantas outras, use e abuse do aconselhamento farmacêutico.
O que é a pílula?
Destina-se exclusivamente a ser usada no caso de uma relação sexual em que não houve protecção contra uma gravidez não desejada – é um método de contracepção.
As instâncias de saúde recomendam e alertam para que não se use regularmente esta pílula, dado que a quantidade de hormonas que ela possui é manifestamente superior à de outros métodos hormonais. Para ter uma eficácia óptima, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rapidamente possível após a relação sexual, tendo uma eficácia muito mais reduzida se for tomada 120 horas após essa relação (ou seja, 5 dias).
Desfazer equívocos sobre a eficácia da pílula
Esta pílula não é abortiva e se a mulher já estiver grávida não vai alterar o curso da sua gravidez. À luz dos conhecimentos actuais, não há indícios de que ela prejudique o feto, se for tomada por uma mulher grávida. Como qualquer outro medicamento, há precauções a tomar, principalmente quanto às reacções adversas. Com efeito, esta pílula pode provocar, nos primeiros dias, náuseas, vómitos, tonturas, fadiga e irregularidades menstruais. Pode ainda surgir dores de cabeça, tensão mamária e cãibras abdominais. Estas dores podem ser aliviadas com analgésicos e as náuseas e os vómitos com medicamentos específicos (antieméticos).
Durante a amamentação não parece que a toma desta pílula prejudique a qualidade ou a quantidade do leite nem que seja prejudicial para o bebé. Há, no entanto, cuidados que se recomendam: tomar a pílula logo a seguir a dar de mamar e suspender a amamentação 6 horas após a toma, por exemplo.
Outras informações gerais
Caso se verifique ausência de menstruação 21 dias após o uso da pílula do dia seguinte, deve realizar-se um teste de gravidez. A pílula de toma diária é muito mais eficaz que a contracepção de emergência, esta pílula tem uma eficácia de quase 100% se for tomada de uma forma correta, regular e continuada. Esta pílula só deve ser usada esporadicamente, a sua banalização retira-lhe o efeito. Se ocorrerem vómitos nas três horas seguintes à toma da pílula, pode ser necessário uma nova toma. Cabe ao farmacêutico disponibilizar toda a informação necessária para o correcto uso do medicamento.