A ocupação hospitalar e a mortalidade por covid-19 registam uma tendência decrescente em Portugal e a linhagem BA.5 da variante Ómicron já é responsável por 96% dos contágios, refere o relatório semanal da evolução da pandemia.
“Observou-se uma tendência decrescente da ocupação hospitalar por casos de covid-19”, com 1.213 internados na segunda-feira, que representam menos 16% do que os hospitalizados no mesmo dia da semana anterior, revela o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgado.
Quanto aos cuidados intensivos, os 72 doentes que estavam nessas unidades na segunda-feira correspondiam a 28,2% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas nos hospitais, quando na semana anterior este indicador estava nos 31,8%
O relatório indica ainda que a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 26,5 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, também com tendência decrescente, mas ainda superior ao limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).
De acordo com a autoridade de saúde, na última semana, a mortalidade por todas as causas encontra-se “próxima do limite superior dos valores esperados para esta época do ano”, em parte associado à mortalidade específica por covid-19.
A linhagem BA.5 da variante Ómicron, que tem revelado uma maior capacidade de transmissão, continua a ser “claramente dominante” em Portugal, sendo agora responsável por 96% das infeções registados no país, estimam a DGS e o INSA.
Nos últimos sete dias, a percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 40,9% e registou-se, nesse período, uma diminuição no número de diagnósticos realizados, que passou de cerca de 171 mil para perto de 161 mil.