Portugal regista hoje 3.669 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 21 mortes relacionadas com a covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os internamentos hospitalares também atingiram nas últimas 24 horas os valores máximos registados desde o início da pandemia, num total de 1.455, mais 37 pessoas internadas do que na sexta-feira.
Na quarta-feira Portugal tinha superado o valor máximo registado em abril de 1.302 com o registo de 1.365 casos de internamento e na sexta-feira esse valor foi superado com o boletim a revelar que 1.418 pessoas se encontravam internadas em unidades hospitalares.
De acordo com o boletim hoje divulgado, Portugal já contabilizou 116.109 casos confirmados e 2.297 óbitos desde o início da pandemia de covid-19.
Nos cuidados intensivos estão internados 221 doentes, mais 23 do que na sexta-feira. O máximo de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos foi registado em 07 de abril, dia em que 271 pessoas estavam nestas unidades com covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
As autoridades de saúde têm 57.024 pessoas em vigilância, menos 431 do que na sexta-feira
A DGS revela ainda que estão ativos 45.970 casos, mais 1.686 que nas últimas 24 horas.
Segundo o boletim epidemiológico, das 21 mortes registadas, 11 ocorreram na região Norte, seis em Lisboa e Vale do Tejo, uma no Centro, duas no Alentejo e uma no Algarve.
Nas últimas 24 horas 1.962 doentes recuperaram, totalizando 67.842 desde o início da pandemia.
Há mais 3.669 casos confirmados de infeção, o maior aumento do número de novas infeções registado até ao momento em Portugal
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, registando hoje mais 2.212 casos, totalizando 48.603, e 1.012 mortos desde o início da pandemia.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 1.027 novos casos de infeção, contabilizando a região 52.340 casos e 919 mortes.
Na região Centro registaram-se 273 novos casos, contabilizando 9.661 infeções e 291 mortos.
No Alentejo foram registados 96 novos casos de infeção, totalizando 2.368 com um total de 35 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 54 casos de infeção, somando 2.427 casos e 25 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados mais quatro casos nas últimas 24 horas, somando 338 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou três novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 372 infeções, sem óbitos até hoje.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 52.857 homens e 63.252 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.168 eram homens e 1.129 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
O boletim de segunda-feira divulgou o número de casos por concelhos, sendo Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (8.241), seguido de Sintra (6.763), Loures (3.891) e Amadora (3.470).
O concelho de Vila Nova de Gaia regista 2.888 infeções por SARS-CoV-2, Porto 2.884, Odivelas 2.676, Cascais 2.695, Oeiras 2.131, Vila Franca de Xira 2.007, Matosinhos 1.929, Braga 1.819, Guimarães 1.772, Almada 1.660, Seixal 1.603, Gondomar 1.523, Maia 1.418, Paço de Ferreira 1.303, Valongo 1.160 e Vila Nova de Famalicão 1021 precisa o relatório da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Todos os concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2242 (DGS apresenta hoje 2.427), com 28 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 25).
À data de domingo, dia 18, a região do Algarve apresentava 796 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1420 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 159 (20% do total),
LOULÉ com 110 (14%),
LAGOS e PORTIMÃO com 93 cada (12%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são apenas dois: Aljezur e Monchique com 2 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Pelo menos 1,145 milhões de mortos no mundo desde o início da pandemia
A pandemia da covid-19 já causou pelo menos 1.145.847 mortos no mundo desde que o novo coronavírus foi descoberto em dezembro na China, indica um balanço da agência France-Presse até às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa).
Mais de 42.262.290 infeções foram diagnosticadas no mesmo período, das quais 28.754.900 foram consideradas curadas.
Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 6.366 mortes e 482.954 casos em todo o mundo, segundo a AFP.
Os países que registaram mais mortes no último dia foram os Estados Unidos com 880 mortos, a Índia com 650 e o Brasil com 571.
Os Estados Unidos são o país mais afetado, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 223.998 mortos entre 8.494.044 casos, segundo o balanço da universidade Johns Hopkins. Pelo menos 3.375.427 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil com 156.471 mortos em 5.353.656 casos, a Índia com 117.956 mortos (7.814.682 casos), o México com 88.312 mortes (880.775 infetados) e o Reino Unido com 44.571 mortes (830.998 casos).
Entre os países mais afetados, o Peru é o que conta com mais mortos em relação à sua população, 103 por cada 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (92), Espanha (74) e Bolívia (74).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) declarou um total de 85.775 casos (28 nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortos (0 no último dia), e 80.876 curas.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje às 11:00 TMG 389.304 mortos em 10.830.540 casos, a Europa 260.198 mortes (8.499.613 infetados), os Estados Unidos e o Canadá 233.882 mortos (8.705.087 casos), a Ásia 164.802 mortos (10.088.549 infetados), o Médio Oriente 55.719 mortes (2.405.639 casos), África 40.930 mortos (1.698.937 casos) e a Oceânia 1.012 mortos (33.934 infetados).
O número de casos diagnosticados só reflete, contudo, uma fração do número real de infeções. Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de limitadas capacidades de despistagem.
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial de Saúde.
África com mais 232 mortes provocadas por covid-19 e 10.696 infeções
África registou nas últimas 24 horas mais 232 mortos devido à covid-19, num total de 40.922 óbitos, e o número de infetados subiu para 1.696.285, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nos 55 Estados-membros da organização houve mais 10.696 infetados e o número de recuperados mais do que duplicou nas últimas 24 horas (13.646) para um total de 1.394.094.
A África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, registando 788.070 infetados e 20.316 vítimas mortais. Nesta região, só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 712.412 casos e 18.891 vítimas mortais.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 460.540 pessoas infetadas e passou hoje os 13 mil mortos (13.001) e a África Oriental passou hoje os 200 mil infetados (201.216) e regista 3.748 vítimas mortais.
Na região da África Ocidental, o número de infeções é de 186.855, com 2.725 vítimas mortais, e na África Central há 59.604 casos e 1.132 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.196 mortos e 106.230 infetados, e Marrocos contabiliza 3.205 vítimas mortais e 190.416 casos de infeção.
A Argélia surge logo a seguir, com 55.630 infeções e 1.897 mortos.
Entre os seis países mais afetados estão também a Etiópia, que regista 92.229 casos de infeção e 1.400 vítimas mortais, e a Nigéria, com 61.882 infetados e 1.129 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Angola regista 265 óbitos e 8.829 casos, seguindo-se Cabo Verde (94 mortos e 8.198 casos), Guiné Equatorial (83 mortos e 5.079 casos), Moçambique (82 mortos e 11.748 casos), Guiné-Bissau (41 mortos e 2.403 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 935 casos).
Presidente da Polónia com teste positivo de covid-19
O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, testou positivo para o novo coronavírus, anunciou hoje o porta-voz do chefe de Estado.
“Como se esperava, o Presidente @AndrzejDuda foi ontem [sexta-feira] submetido a um teste para detetar a presença de coronavírus [SARS-CoV2]. O teste deu positivo. O presidente está bem”, escreveu Blazej Spychalski, que é também secretário de Estado da Presidência, na rede social twitter.
Embora não tenha declarado onde é que Andrzej Duda pode ter sido infetado, o Presidente polaco esteve na segunda-feira num fórum de investimento em Tallin (Estónia), onde se encontrou com o Presidente búlgaro, Rumen Radev, que está em isolamento profilático depois de ter estado em contacto com alguém infetado no seu próprio país.
A Polónia está a enfrentar um recrudescimento da pandemia tal como outros países do mundo, e está na chamada “zona vermelha”, obrigando os seus cidadãos a medidas restritivas em todo o território, anunciadas na sexta-feira, depois de terem sido registados 13.632 casos em 24 horas.
Quem pode está em teletrabalho e parte das escolas estão fechadas, exceto para os alunos dos primeiros anos de escolaridade.
Os outros estão em regime de ensino à distância e as pessoas com mais de 70 anos devem ficar em casa.
Os restaurantes, cafés e bares apenas podem servir para fora, as piscinas e ginásios estão fechados e os ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas.
As festas de casamento foram proibidas e o número de pessoas permitidas no comércio, transportes e igrejas está limitado.
O estádio nacional da Polónia, em Varsóvia, está a ser transformado em hospital de campanha e o Governo mandou construir outras instalações médicas em todo o país.
Português responsável por limpeza de hospitais condecorado pela Rainha Isabel II
O português Maciel Vinagre pensou que era mentira ou engano ao ler a notificação de que tinha sido distinguido pela Rainha Isabel II pelo trabalho como responsável da limpeza de dois hospitais públicos britânicos durante a pandemia de covid-19.
“Estava no escritório e recebi um email do ‘Cabinet Office’ [ministério do Governo] a dizer que tinha sido distinguido na lista da Rainha. No princípio pensava que era mentira, só pode ser engano. Os meus colegas disseram-me para apagar porque podia ser fraude”, contou, entre risos, à agência Lusa.
O madeirense de 45 anos, natural de São Vicente, foi um dos trabalhadores do serviço de saúde público britânico (NHS) reconhecido na lista deste ano de condecorações pelo aniversário da Rainha por serviços prestados durante a pandemia com a Medalha do Império Britânico (‘British Empire Medal’, designada pelo título BEM).
“Nunca na vida pensei que poderia receber uma medalha destas”, confiou, ainda incrédulo, o diretor adjunto dos serviços de limpeza e restauração dos hospitais de Ashford e de St. Peter’s, no sudoeste de Londres, perto do aeroporto de Heathrow.
A nomeação para a insígnia foi feita por colegas e superiores pelo “conhecimento e criatividade” que demonstrou para prevenir e conter a infeção pelo novo coronavírus dentro dos hospitais e proteger não só os doentes, mas também funcionários, introduzindo novas tecnologias e produtos.
O diretor médico dos hospitais, David Fluck, elogiou o português pela “forte liderança durante toda a pandemia numa equipa que desempenhou um papel fundamental na redução do risco de transmissão da covid-19 nos nossos hospitais”.
“[Vinagre] introduziu mudanças na maneira como mantemos a limpeza dos nossos hospitais daqui para frente, o que vai proteger muitos pacientes e funcionários de perigo, mesmo após o fim da pandemia”, afirmou este responsável.
Uma das inovações foi a contratação de uma empresa especializada em desinfestação para aplicar através de vapor um produto desinfectante que encontrou e que mantém as superfícies livres de vírus e bactérias durante 30 dias.
“Era um produto novo no mercado e não sabíamos se era eficaz. Mas contratámo-los para descontaminarem desde corredores a casas de banho e escadas em turnos de 24 horas por dia. Valeu a pena, o hospital tem uma das taxas de mortalidade mais baixas da zona”, congratulou-se.
O português deparou-se com outro desafio quando, em plena crise, a enfermeira chefe pediu uma solução que permitisse esterilizar máscaras de proteção dos profissionais de saúde para serem reutilizadas porque não sabia se ia receber um novo abastecimento, uma situação que afetou vários hospitais no Reino Unido.
“Mandei fazer uma linha tipo de secar roupa, pendurámos máscaras e esterilizámos 500 em três dias com luzes ultravioleta. Felizmente não foi preciso porque chegaram novas, mas se fosse preciso estava o processo pronto”, contou Vinagre à Lusa.
O português também foi elogiado pela forma como conseguiu recrutar rapidamente trabalhadores para compensar as ausências e também pela forma responsável e sensível como soube motivar os empregados de limpeza numa altura em que muitos estavam preocupados com o risco que eles próprios corriam.
Quatro funcionários dos hospitais morreram de covid-19, incluindo um empregado de limpeza sob as ordens de Vinagre, um compatriota de 71 anos chamado Manuel Santinhos.
“Ele nunca quis ir para casa, quis continuar sempre a trabalhar. Esteve três semanas nos cuidados intensivos. Foi muito complicado porque os colegas ficaram com mais medo. Mas fizemos uma missa com um padre e a diretora teve uma reunião com os empregados para motivá-los e conseguimos”, explicou.
Maciel Vinagre recorda “momentos muito difíceis” entre março e junho, os piores meses da primeira vaga da pandemia, quando os dias de trabalho chegavam a estender-se por 15 horas.
A liderança do português ajudou a dar visibilidade e importância às equipas de limpeza hospitalar pelo papel crucial desempenhado no combate à doença que já matou mais de 44 mil pessoas no país.
Vinagre é um dos 414 “heróis anónimos” a quem foram conferidas condecorações da Rainha em reconhecimento da intervenção “excecional” durante a crise, desde cientistas e enfermeiros a pessoas que produziram equipamento de proteção ou ofereceram refeições a profissionais de saúde e professores de ginástica que deram aulas gratuitas pela Internet durante o confinamento.
A Rainha agracia dezenas de pessoas duas vezes por ano, no Ano Novo e por ocasião do aniversário oficial, em junho, por recomendação do Governo.
Muitas são personalidades conhecidas em áreas como o desporto, artes ou serviço público, mas também são galardoados desconhecidos cujo mérito é avaliado por um comité oficial.
Este ano, a divulgação da lista foi adiada até outubro para ter em conta nomeações de pessoas que desempenham papéis cruciais durante os primeiros meses da pandemia e deu prioridade aos “heróis da linha da frente” e da comunidade que foram além das suas obrigações para ajudar os outros.
A Medalha do Império Britânico remonta a 1917 e era sobretudo atribuída a civis e militares, mas em 2011 foi restabelecida como uma condecoração a pessoas que se distinguem por contribuições para a comunidade, seja através da profissão ou de voluntariado.
Ao contrário da Ordem do Império Britânico, que inclui os graus de membro (MBE), Oficial (OBE), Comandante (CBE) ou Cavaleiro e Dama (KBE e DBE) e que é conferida pessoalmente pela Rainha ou pelo Príncipe Carlos, a BEM é presenteada pelo ‘Lord Lieutenant’, um dignatário local, em nome da monarca.
Antes, só se conhecem dois portugueses que foram agraciados pela Rainha Isabel II: a pintora Paula Rego, ordenada em 2010 Dama Oficial da Ordem do Império Britânico, e Lino Pires em 2013, proprietário de um restaurante, com uma BEM por serviços prestados à comunidade ao angariar fundos para causas sociais.
Ao auferir estes títulos, os distinguidos podem usar a sigla correspondente na sua assinatura, após o nome.
Maciel Vinagre chegou ao Reino Unido aos 18 anos, deixando para trás estudos em contabilidade para trabalhar num restaurante e aprender a língua inglesa e “tentar uma vida melhor”.
Começou como empregado de limpeza no hospital de Ashford em 1997 e chegou ao atual posto de diretor adjunto em 2011, tendo desempenhado entretanto outras funções noutros hospitais do Reino Unido.
Mesmo sem um curso superior, acumulou formações profissionais que lhe permitiram progredir até um nível que dificilmente conseguiria em Portugal, e hoje lidera cerca de 200 pessoas, entre os quais 30 portugueses.
“Gosto do Reino Unido porque aqui dão valor à experiência, a pessoas dedicadas e empenhadas e menos aos títulos académicos. Reconhecem o mérito próprio”, disse à Lusa.
Dependendo da evolução da pandemia, o português e todos os restantes BEM serão convidados para uma festa no Palácio de Buckingham no próximo ano, na presença de membros da família real.
“Os meus pais estão na Madeira e estão muito orgulhosos. Mas se eu puder levar alguém, levo a minha filha”, já decidiu.
Índia com 650 mortos e mais de 53 mil infetados
A Índia registou 650 mortos e 53.370 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, informaram hoje as autoridades.
O país totaliza agora 117.956 mortos e mais de 7,8 milhões de casos.
O maior número de novos contágios foram detetados nos estados de Maharashtra, Kerala e Karnataka.
No mês passado, a Índia atingiu um pico de quase 100 mil casos diários, mas desde então as infeções caíram para cerca da metade e as mortes em cerca de um terço.
Alemanha passa os dez mil mortos e regista recorde diário de casos
A Alemanha ultrapassou hoje os dez mil mortos por covid-19 desde o início da pandemia, após contabilizar 49 óbitos e 14.714 infetados nas últimas 24 horas, registando um novo recorde diário de contágios.
O número de casos registados na sexta-feira inclui contágios não contabilizados no dia anterior, devido a uma falha técnica na transmissão de dados. O total acumulado de infetados subiu para 418.005.
O presidente do Instituto Robert Koch, entidade de vigilância sanitária no país, alertou que “o vírus pode espalhar-se de forma incontrolável” em algumas regiões, explicando que “atualmente os jovens são os mais expostos”.
A Alemanha, que até agora tinha sido poupada pela primeira onda da primavera, enfrenta há várias semanas, como todos os países europeus, um aumento acentuado nos casos, o que levou as autoridades a endurecerem as medidas contra a pandemia, em particular proibindo aglomerações.
Por outro lado, foram decididas restrições locais, como em Berlim, onde o uso de máscaras foi imposto em certas ruas movimentadas, e em outras zonas do país, o confinamento.
Há uma semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu à população que reduzisse ao máximo as relações sociais, pedindo para “ficar em casa” o máximo possível.
“O que será o inverno, como será o nosso Natal, será decidido nos dias e semanas que virão”, avisou.
EUA registam 880 mortos e quase 80 mil casos nas últimas 24 horas
Os Estados Unidos registaram 880 mortos por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Com este balanço, o país atingiu os 223.845 óbitos, com mais de 8,4 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, depois de terem sido identificados 79.963 contágios nas últimas 24 horas.
Nova Iorque é o estado com maior número de mortos (33.418). Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.963 pessoas.
O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington estimou que até ao final do ano os Estados Unidos terão ultrapassado as 315 mil mortes, com o número a subir para as 385 mil a 01 de fevereiro de 2021.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
CM de Arruda dos Vinhos contesta parecer favorável a casamento com 200 pessoas
O presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos criticou ontem a decisão da autoridade de saúde de autorizar a realização de um casamento “com cerca de 200 pessoas”, considerando que vai colocar a população do concelho “em risco”.
Através de um vídeo divulgado na página da autarquia na rede social Facebook, André Rijo disse que a Câmara Municipal soube, “ao final da manhã de hoje, da realização de um casamento com cerca de 200 convidados”, durante este fim de semana.
O autarca acrescentou que o casamento é de “uma família do Norte” de Portugal. Esta região contabilizou mais 1.516 infeções pelo novo coronavírus, do total de 2.899 registadas em todo o país nas últimas 24 horas, uma tendência verificada na última semana.
“Este é um evento que nos surpreende, porque, efetivamente, estranhámos que a autoridade de saúde – ao contrário daquilo que aconteceu no caso do Curt’Arruda [Festival de Cinema de Arruda dos Vinhos], que tivemos de cancelar à última da hora -, neste caso, desde o dia 09 de outubro emitiu um parecer favorável à realização deste casamento”, prosseguiu o edil.
André Rijo adiantou que a autoridade de saúde foi hoje confrontada sobre “esta incoerência e este erro”.
Contudo, a mesma autoridade “reiterou o parecer e disse que não ia mexer” nas diretrizes.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou em 14 de outubro, juntamente com a elevação do nível de alerta para situação de calamidade em todo o país, para mitigar a propagação da pandemia, que eventos como, por exemplo, casamentos marcados a partir desse dia estavam limitados a um máximo de 50 participantes.
As regras de distanciamento físico e a utilização de equipamentos de proteção individual também é obrigatória.
O parecer da autoridade de saúde em relação ao casamento em questão antecede as medidas anunciadas na última semana.
Visivelmente descontente com a resposta da autoridade sanitária, André Rijo explicitou que “isto é um motivo de grande preocupação” e vai “colocar a população do concelho de Arruda em risco”.
Por essa razão, o autarca disse que tem “o dever” de pedir aos arrudenses para evitarem circular pelas áreas da igreja matriz e do Casal da Gineta, para que o casamento “não venha a resultar num potencial foco” de contágio.
“Lamento esta decisão da autoridade de saúde, não tem minimamente a concordância da Câmara Municipal, nem do Serviço Municipal de Proteção Civil”, vincou, completando que a autarquia decidiu remeter o parecer para a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O autarca disse ainda, no início do vídeo de quase quatro minutos, que há 67 casos ativos no concelho, 109 recuperados e quatro óbitos.
Mais 571 mortos e 30.026 infetados em 24 horas no Brasil
O Brasil contabilizou 571 mortos e 30.026 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 156.471 óbitos e 5.353.656 infetados desde a chegada da pandemia ao país, informou ontem o executivo.
De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, encontra-se ainda a ser investigada a eventual relação de 2.374 mortes com a doença causada pelo novo coronavírus.
Em relação ao número de recuperados, 4.797.872 pessoas diagnosticadas já se curaram da doença no Brasil, país com cerca de 212 milhões de habitantes. O número de pacientes infetados que se encontra sob acompanhamento médico ascende a 399.313.
São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, mas também o foco da pandemia no Brasil, concentra 1.083.641 casos de infeção, sendo seguido pela Bahia (342.526), Minas Gerais (345.188) e Rio de Janeiro (296.797).
Já a lista de unidades federativas com mais mortes é liderada por São Paulo (38.608), Rio de Janeiro (20.115), Ceará (9.244) e Minas Gerais (8.686), respetivamente.
Vários partidos da oposição brasileira entraram hoje com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o Governo, presidido por Jair Bolsonaro, apresente, em até 30 dias, os seus planos sobre vacinas e medicamentos contra o novo coronavírus.
O documento, assinado pelo Partido dos trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Cidadania, também pede para que o executivo, com “segurança científica”, seja “obrigado a fazer todos os procedimentos administrativos indispensáveis para (…) providenciar a aquisição das vacinas e medicamentos que sejam admitidos e aprovados pela Agência de Vigilância Sanitária”.
A ação movida pela oposição surge após Jair Bolsonaro ter desautorizado o seu ministro da Saúde, através das redes sociais, ao vetar a compra da vacina “Coronavac”, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com Instituto Butantan, de São Paulo, argumentando que o imunizante ainda nem sequer havia superado a fase de testes clínicos.
A recusa do chefe de Estado brasileiro contrasta com um outro acordo – firmado pelo seu governo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca – para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ambas as instituições desenvolvem e que se encontra na mesma fase de estudos que o imunizante da Sinovac.
Ministra da Saúde diz que a toda a região Norte tem mapas de risco
A ministra da Saúde disse ontem que toda a região Norte tem mapas de risco a funcionar e a avaliar a situação epidemiológica.
“Toda a região Norte já está com mapas de risco a funcionar e a avaliar a situação epidemiológica. São esses mapas de risco que norteiam a nossa decisão”, afirmou Marta Temido na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus.
A ministra explicou que os mapas de risco, que refletem a incidência de novos casos de covid-19 e a velocidade de crescimento da doença, é um processo recente que estava previsto no plano de saúde outono-inverno.
A governante frisou que todas as decisões tomadas em Lisboa e Vale do Tejo, designadamente nos concelhos da Amadora, Loures, Odivelas, Sintra e Lisboa, em junho e julho, foram baseadas na análise de mapas de risco.
No entanto, a ministra ressalvou que este instrumento deve ser utilizado “com prudência”.
“Pode ser um instrumento muito importante na adoção de medidas locais e regionais, pode ajudar a definir as fronteiras de zonas onde há uma maior transmissão, mas têm um impacto interpretativo nas pessoas. Não podemos esquecer que mapear uma zona com uma tipologia de cores pode ter algum efeito negativo na forma como se encaram determinadas localidades”, avisou Marta Temido.
A ministra disse ainda que os mapas de risco “são um instrumento”, mas “não o único de tomada de decisão”.