“Temos partilhado com toda a honestidade e transparência os resultados quer das estimativas, quer das próprias sequenciações. A informação mais atualizada foi partilhada no sábado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge [INSA] e respeita à variante Delta. As mutações dos vírus são fenómenos expectáveis e, naturalmente, que temos de agir com prudência e observação”, frisou a ministra em declarações à margem da apresentação do Relatório Primavera 2021, do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).
Marta Temido disse que é necessário “continuar a seguir com atenção a evolução dessas mutações do vírus e a sua presença em Portugal”.
Perante a eventual propagação da variante ‘Delta Plus’, Marta Temido reiterou que o combate à pandemia representa um “esforço contínuo” e afirmou que só com um empenho de todos os países é possível chegar a bom porto. “Enquanto não tivermos conseguido superar esta pandemia de uma forma total, estaremos expostos às mutações e a novas variantes”, referiu.
“Temos de manter sempre a mesma prudência de manutenção de medidas não farmacológicas de proteção individual, porque isso é a melhor forma de nos protegermos neste contexto de extraordinária incerteza. Não vale a pena dizer que sabemos tudo ou prometermos aquilo que não podemos prometer”, notou, continuando: “Temos de estar atentos e manter as medidas: a vacinação e a testagem são as duas grandes armas”.
De acordo com informação adiantada pelo INSA à Renascença, foram já detetados em Portugal 24 casos de infeção pela variante ‘Delta Plus’, que era anteriormente referida como a variante do Nepal. O INSA acrescentou ainda que esta mutação representa somente 2,5% do total de casos de infeção pela variante Delta, que já é dominante na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde constitui cerca de 70% do total de casos de infeção detetados.
Em Portugal, morreram 17.074 pessoas e foram confirmados 866.826 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.